Lula
do Brasil, Lula pelo Brasil, entre várias outras maneiras de nominar a
caminhada do ex-presidente Lula pelo nordeste brasileiro, independente do nome
ou das avaliações que façam deste enorme evento que percorre estradas e
lugarejos, concretamente significa o reencontro de Lula e do PT com o país como
ele de fato é.
A
viagem pelo Brasil nordestino é uma constante aula de Geografia: a paisagem
muda, o modo como vivem nas várias cidadezinhas idem, a constatação das
características regionais, a vegetação que muda, cabras e bodes no caminho que
mostram o tempo todo que a vida é bem diversa daquela que se vive no
Sul/Sudeste. Ainda bem!
Juntei-me
à Caravana a partir de João Pessoa (PB), já percorri mais de seiscentos
quilômetros e presenciei dúzias de atos espontâneos no percusso dos ônibus que
acompanham Lula nesta jornada. O dia a dia do ônibus repleto de companheiras e
companheiros da comunicação não é dos mais leves: horas de estrada, correria a
cada parada, calor, sol e muita solidariedade.
Lula
comprova a cada momento que sua popularidade não é uma simples tabela com
números, como as que produzem os institutos de pesquisa. A comoção e correria
com passagem e presença de Lula pelos lugarejos mais distantes dos grandes
centros provam isso. A cada ato espontâneo no caminho da Caravana (e não são
poucos), como os vários relatados pelas equipes de comunicação presentes,
pode-se quase pegar com as mãos o carinho e amor expressados pela população
mais humilde destes lugares.
Nesta
terça-feira, 29 de agosto, a Caravana sai do Rio Grande do Norte com o sabor
ainda fresco do gigante ato da noite anterior, em Mossoró, uma das cidades mais
progressistas do povo potiguar, e parte em direção ao Ceará. O calor é intenso
assim como a vontade das pessoas de chegar perto de Lula, falar com ele ou
fazer uma selfie. No caminho, lágrimas, acenos e bandeiras, desejos de boa sorte
e muita torcida por um futuro melhor para o país.
No
Brasil real percorrido pela Caravana as pessoas são reais. Não são números ou
estatísticas. E suas necessidades são mais reais ainda: ainda falta água apesar
de vários avanços só possíveis durante os governos de Lula e Dilma, como os
resultados da transposição do Rio São Francisco; ainda falta opção de emprego e
renda; ainda falta muito para a qualidade de vida digna chegar a esses rincões.
Mesmo
faltando, apesar das dificuldades variadas para a sobrevivência e criação dos
filhos e filhas deste Brasilzão, o que essa gente sabe é que teve uma vida
melhor durante as gestões federais protagonizadas pelo PT e seus governos.
Sabem que as possibilidades de melhorar a vida eram reais e ocorriam: a escola e
universidade chegaram, a água apareceu finalmente, os médicos foram até as
comunidades, as comunidades formaram também seus médicos e as palavras de Lula
nos palanques e palcos do caminho falam disso: “antes vocês tinham que andar de
jegue e hoje tá todo mundo de moto, antes o filho do pedreiro não podia ser
engenheiro e agora pode sim”.
https://fpabramo.org.br/2017/08/29/lula-pelo-brasil-um-encontro-com-o-pais-real/
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