Sergio
Moro tem um problema e ele se chama Sergio Moro. Ao contrário do que ele mesmo
acredita, insuflado pela Globo e por milícias de extrema direita, não é
infalível, onipotente e onisciente.
A
nova pesquisa Ipsos traz um dado importante. Sua taxa de desaprovação subiu
nove pontos percentuais no último mês, de 28% para 37% – o marco mais alto na
série histórica do instituto, que teve início em agosto de 2015.
O
desempenho é aprovado por 55%, o que também não é nenhuma Brastemp.
O
Brasil cansou de Sergio Moro e a tendência é isso aparecer cada vez mais. O
sucesso da caravana de Lula e sua ascensão nas pesquisas são um atestado de que
a perseguição não deu o resultado esperado. O jeito vai ser um tapetão.
Ninguém
suporta por tanto tempo uma operação judicial que escolheu um culpado e há anos
se dedica a tentar confirmar uma tese, sem trazer provas.
As
inúmeras irregularidades têm sido denunciadas aqui mesmo no DCM. Seus homens já
estão se coçando em busca de um plano B. Deltan Dallagnol admitiu que foi
sondado por partidos e não descarta uma candidatura.
Carlos
Fernando dos Santos Lima deve ir pelo mesmo caminho. No momento é comentarista
de Facebook, afrontando diretamente o STF.
Moro
já deu algumas demonstrações de como lida mal com o contraditório. Nas
audiências, não foram poucas as cenas de destempero autoritário contra a equipe
de defesa de Lula.
Sua
resposta à Folha de S.Paulo com relação à acusação do ex-advogado da Odebrecht
Rodrigo Tacla Duran, atualmente na Espanha, ao advogado trabalhista Carlos
Zucolotto Junior, amigo e padrinho de casamento, é tão reveladora quanto a que
deu ao físico Rogério Cézar de Cerqueira Leite, que o chamou de Savonarola.
Zucolotto
teria pedido R$ 5 milhões para “melhorar” a condenação de Duran e a multa de R$
15 milhões. “Ao se prontificar a me ajudar”, afirma Duran, “Zucolotto explicou
que a condição era não aparecer na linha de frente. Revelou ter bons contatos
na força-tarefa e poderia trabalhar nos bastidores”.
Numa
nota oficial exasperada em que garante que o chegado Zucolotto é “sério e
competente”, o juiz lamenta “o crédito dado pela jornalista ao relato falso de
um acusado foragido”.
Ora,
as demais delações que incriminam os de sempre são de quem? Príncipes justos e
magnânimos?
Moro
é Gilmar amanhã. Duas figuras que saíram das sombras para os holofotes e que
cada vez menos gente suporta assistir.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-pesquisa-com-aumento-da-desaprovacao-a-moro-mostra-o-que-ele-nao-quer-ver-cansou-por-kiko-nogueira/
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