A
situação do usurpador Michel Temer está ficando insustentável. A prisão do
comparsa Geddel Vieira Lima, a temida delação do presidiário Eduardo Cunha e a
denúncia apresentada pelo procurador-geral Rodrigo Janot, entre outros
petardos, reforçam a hipótese de que o chefe da quadrilha que assaltou o poder
está com os seus dias contados. Com o navio afundando, os ratos já pulam fora.
Segundo o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, é crescente o
movimento pelo “desembarque” da sigla. “A posição do partido é cada vez mais
clara. Não dá para controlar, as coisas vão acontecendo". Neste cenário,
as forças golpistas aceleram a manobra para, via eleições indiretas, garantir a
continuidade do projeto golpista. O nome em alta para suceder Michel Temer é o
do demo Rodrigo Maia, o jagunço dos empresários que preside a Câmara Federal.
Uma
notinha publicada na Folha nesta quinta-feira (6) evidencia que o Judas está
isolado e caminha para o cadafalso. “Com o distanciamento do presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os sinais cada vez mais fortes de que a
maioria do PSDB quer deixar o governo, Michel Temer aposta todas as fichas de
sua sobrevivência na aliança com partidos do centrão. As mensagens mais fortes
de apoio vieram de siglas como o PTB, o PP e o Solidariedade. No PR, Valdemar
Costa Neto, condenado no mensalão, firmou compromisso de, se necessário, fechar
questão no partido contra a aceitação da denúncia. Expoentes da ala tucana que
trabalha para desembarcar do governo começaram a fazer gestos a Rodrigo Maia.
Disseram a aliados do democrata que apoiariam o presidente da Câmara numa
eleição indireta, caso Michel Temer caia”.
Neste
jogo mafioso de apunhaladas, onde o traidor é traído, ainda há dúvidas sobre a
capacidade do demo de enfrentar a grave turbulência no país. Segundo a mesma
notinha da Folha, “parte da cúpula do PSDB ainda diz que Maia não tem condições
de segurar o rojão que será tocar o Planalto em meio a uma crise tão aguda”.
Para evitar o agravamento da tensão política, com consequências imprevisíveis
na sociedade, os golpistas passam a fazer o discurso da conciliação nacional
para salvar o Brasil. Uma típica conversa mole para enganar os mais ingênuos e
pragmáticos. Na prática, os oportunistas pregam descartar Michel Temer para
manter o mesmo projeto ultraliberal que levou a quadrilha ao poder. O objetivo
da manobra, afirmam na maior caradura, é jogar fora o bagaço do Judas para
preservar as contrarreformas trabalhista e previdenciária e outras maldades.
Nesta
quinta-feira (6), o coronel tucano Tasso Jereissati explicitou esta estratégia.
Para ele, o demo “tem condições” de conduzir a transição até as eleições de
2018. “Se vier a afastar o Temer, Rodrigo Maia é presidente por seis meses. Aí
ele tem condições, até pelo cargo que exerce como presidente da Câmara Federal,
de juntar os partidos ao redor de um nível mínimo de estabilidade do país”. Neste
período, os golpes na Previdência e na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
seriam aprovados e a equipe econômica – inclusive com a manutenção do czar
Henrique Meirelles – daria sequência ao plano de desmonte do Brasil. Seria a
concretização do “golpe dentro do golpe”, via eleições indiretas.
Diante
desta conspiração das elites – que mais uma vez é protagonizada pela mídia
monopolista, em especial pela Rede Globo –, as forças progressistas da
sociedade precisam erguer a voz e ir às ruas. Não basta mais exigir o “Fora
Temer”. É necessário lançar ainda com mais força a bandeira das eleições
diretas-já, ampliando o leque das alianças na luta pelo restabelecimento da
democracia no país. O Congresso Nacional – ou, como afirmou um jornalista
português, a “assembleia dos bandidos” – não tem legitimidade ou moral para
impor o nome do corrupto Rodrigo Maia, o capacho dos empresários. A palavra de
ordem diante desta manobra espúria é “Fora Temer, e leva o Maia junto”.
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https://altamiroborges.blogspot.com.br/2017/07/fora-temer-e-leva-o-rodrigo-maia-junto.html
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