Não
é de hoje que o método da Lava Jato para conseguir delações premiadas suscitam
inúmeros questionamentos. Uma das principais denúncias contra Moro na mídia
progressista é o de usar a prisão preventiva por tempo indeterminado,
submetendo o investigado à supressão de medicamentos e tratamentos continuados
e muitos deles psiquiátricos. O próprio Marcelo Odebrecht teria resistido
bastante à abstinência de medicamentos para o tratamento de bipolaridade. Sem o
medicamento o paciente passa por limites entre depressão profunda, síndrome de
perseguição e audição de vozes e paranoias, com momentos de euforia, onde se
sente capaz de “mudar o mundo”.
É
nesse quadro de subtração da liberdade e tratamento psiquiátrico que Marcelo
Odebrecht efetuou sua delação. É na condição de “ou delata ou apodrece na
cadeia mesmo sem ser julgado”, que a condicional de denunciar o ex-presidente
Lula se tornou insuportável para quem nunca foi submetido a fortes cargas de
opressão. Portanto, alguém ou algum codinome deveria ser logo atribuído a Lula
e a sua “propina” ser explicada como dada em espécie. Nessa condição, nada pode
ser rastreado, mesmo que o valor seja surreal, dado o volume de notas que
teriam 13 milhões de reais.
Como
a internet não perdoa, documentos vazados ainda em 2016 foram resgatados pelos
internautas e neles o apelido “AMIGO” era atribuído ao engenheiro Antônio
Rebouças Sampaio, amigo de Marcelo Odebrecht, ligado a ACM Neto e a obras na
Usina de Hidroelétrica de Pedra do Cavalo. Mesmo que prossigam com as investigações
e assumam a delação como verdadeira, o único documento que veio a público, diz
o contrário. Eis uma prova física, contra uma delação premiada, que
juridicamente não é uma prova.
http://www.apostagem.com.br/2017/04/12/documento-mostra-que-o-amigo-nao-e-lula-documento-vazado-liga-o-codinome-a-antonio-reboucas/
Um comentário:
Qual a origem dessa lista/planilha?
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