A
defesa do ex-presidente Lula emitiu uma nota à imprensa rechaçando as acusações
feitas por delatores da Odebrecht à Lava Jato. Entre elas, Marcelo Odebrecht
disse que destinou R$ 40 milhões para o petista após sua saída da presidência
da República. A grande mídia, contudo, omitiu o trecho em que Marcelo diz que
não tem provas de que Lula sabia disso ou que teria movimentado os recursos
através de Antonio Palocci.
"O
vazamento ilegal e sensacionalista das delações, nos trechos a ele referentes,
apenas reforça o objetivo espúrio pretendido pelos agentes envolvidos: manchar
a imagem de Lula e comprometer sua reputação. Mas o que emergiu das delações,
ao contrário do que fez transparecer esse esforço midiático, é a inocência de
Lula - ele não praticou nenhum crime", diz nota assinada por Cristiano
Zanin.
Para
o defensor, "é nítido que a Força Tarefa só obteve dos delatores acusações
frívolas, pela ausência total de qualquer materialidade. O que há são falas,
suposições e ilações - e nenhuma prova. As fantasiosas condutas a ele
atribuídas não configuram crime."
Abaixo, a nota completa:
A
imprensa dedicou hoje inúmeras manchetes às delações que o Ministério Público
Federal negociou com executivos do Grupo Odebrecht e, como tem ocorrido, o
ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o destaque da maioria delas. O
vazamento ilegal e sensacionalista das delações, nos trechos a ele referentes,
apenas reforça o objetivo espúrio pretendido pelos agentes envolvidos: manchar
a imagem de Lula e comprometer sua reputação. Mas o que emergiu das delações,
ao contrário do que fez transparecer esse esforço midiático, é a inocência de
Lula - ele não praticou nenhum crime.
É nítido que a Força Tarefa só obteve dos delatores
acusações frívolas, pela ausência total de qualquer materialidade. O que há são
falas, suposições e ilações - e nenhuma prova. As fantasiosas condutas a ele
atribuídas não configuram crime.
Desde 4 de março de 2016. o ex-Presidente
passou a ser vítima direta de sucessivas ilegalidades e arbitrariedades
praticadas no âmbito da Operação Lava Jato para destruir sua trajetória,
construída em mais de 40 anos de vida pública. Lula já foi submetido à privação
da liberdade sem previsão legal; buscas e apreensões; interceptações telefônicas
de suas conversas privadas e divulgação do material obtido; e levantamento dos
sigilos bancário e fiscal, dentre outras
medidas
invasivas.
A despeito de não haver provas, o
ex-Presidente foi formalmente acusado, apenas com base em “convicções”. Depois
de 24 audiências em Curitiba e a oitiva de 73 testemunhas apenas em um dos
processos, salta aos olhos a inocência de Lula. Ao final dessa nova onda, o que
sobrará é o mesmo desfecho melancólico vivido pelo senador cassado Delcídio do
Amaral: caíram por terra suas teses. Delcídio aceitou acusar o ex-Presidente em
troca da sua liberdade e depois foi desmentido por testemunhas ouvidas em
juízo, quando então não podiam mentir.
Cristiano
Zanin Martins
http://jornalggn.com.br/noticia/muita-delacao-e-nenhuma-prova-diz-defesa-de-lula-sobre-acusacoes-da-odebrecht
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