Uma
vacina desenvolvida em Cuba com o objetivo de reduzir a carga viral de
portadores do HIV e que se encontra em fase de testes clínicos na ilha
caribenha tem demonstrado eficácia, afirmou Yayri Caridad Prieto Correa, uma
das responsáveis pelo estudo. A vacina Teravac-VIH tem potencializando a
resposta imunológica dos nove pacientes que a tomaram e que estão sendo
acompanhados pelos pesquisadores cubanos.
A
pesquisadora do CIGB (sigla em espanhol para Centro de Engenharia e
Biotecnologia) de Havana apresentou os resultados preliminares dos testes com
humanos durante o primeiro congresso BioProcess Cuba 2017, realizado em na
cidade cubana de Camaguey na última semana.
Segundo
Correa, os nove pacientes soropositivos que tomaram a vacina não apresentaram
efeitos adversos nem de toxicidade, o que era o principal objetivo desta fase
de testes, que certifica a segurança do medicamento. Assim como nos estudos
pré-clínicos em animais, o teste com humanos demonstrou que a vacina
potencializa a resposta imunológica do organismo infectado por HIV, vírus
causador da Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida).
A
pesquisadora, porém, alertou para que não se criem falsas expectativas sobre a
vacina, que ainda deve passar por testes com mais pessoas soropositivas para se
estabelecer sua eficácia em larga escala, o que deve levar mais alguns anos. A
atual fase de testes, por exemplo, foi anunciada em março de 2012.
Correa
também ressaltou que a vacina não sana a infecção por HIV, mas diminui a taxa
de vírus no sangue, melhorando assim a qualidade de vida das pessoas
soropositivas. Ela afirmou que a busca de vacinas contra o vírus segue sendo
uma das prioridades das instituições médicas e científicas cubanas, mas que a
prevenção segue sendo o principal método para evitar o contágio.
O
objetivo dos especialistas cubanos é substituir a atual terapia contra o HIV,
que consiste na combinação de vários inibidores retrovirais que bloqueiam a
expansão do vírus. Embora tal terapia se mostre majoritariamente eficiente, em
alguns casos pode causar danos colaterais aos pacientes.
A
vacina Teravac-HIV é administrada simultaneamente por via mucosa, por spray e
administração intramuscular. Ela foi desenvolvida a partir de uma
"proteína recombinante" – através de técnicas de engenharia genética
– e busca induzir uma resposta celular contra o vírus. Segundo os resultados preliminares,
a vacina diminuiu a carga viral nos linfócitos T citotóxicos (CD8) dos
pacientes.
Segundo
o portal Infomed, da rede de saúde de Cuba, o primeiro caso de HIV foi
diagnosticado na ilha há 31 anos. Em 2015, o país se tornou o primeiro no mundo
a erradicar a transmissão do HIV de mãe para filho, como afirmou a OMS
(Organização Mundial da Saúde). A transmissão sexual é a forma predominante de
infecção por HIV em Cuba, responsável por mais de 99% dos casos.
Com
informações de CubaDebate.
https://convencao2009.blogspot.com.br/2017/02/vacina-cubana-contra-hiv-apresenta.html
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