O
nível de mau caratismo (para ser delicado, porque o certo seria dizer nível de
bandidagem) da nossa imprensa tornou-se insuportável. Já era uma imprensa
mercenária e covarde antes do golpe, agora, que viu a sua conspiração vagabunda
dar certo, tornou-se mercenária, arrogante e perigosa.
O
blog do Fausto Macedo, do Estadão, acaba de cometer uma inominável calhordice
contra o juiz do Amazonas, horas depois dele arriscar sua própria vida para pôr
fim numa sangrenta rebelião de presos num presídio do Amazonas.
Agora
é assim: não satisfeita de se aliar aos setores mais podres, corporativos e
autoritários do judiciário, para implementar um regime reacionário e
truculento, a imprensa agora pratica assassinato de reputação contra os
magistrados que não fazem parte da panelinha do golpe.
Ou
seja, cortejam os juízes mais covardes e midiáticos, como aqueles do Paraná, e
tentam destruir os melhores membros da instituição.
A
Lava Jato, sempre é bom lembrar, é tão podre, que há tempos procura envolver o
juiz Marcelo Navarro Dantas, do STJ, nas investigações, apenas porque este é
crítico à operação e teve coragem de se posicionar assim em reuniões de sua
turma.
Leia
abaixo, o depoimento do juiz que acaba de ser vítima de uma reportagem bandida
do Estadão, jornal que, neste ano de crise, aperto financeiro e golpe, está
recebendo mais de 200% a mais de verbas públicas federais do que recebeu em
2015.
***
Por Luís Carlos Valois,
em seu Facebook
Sobre a covardia do
Estadão.
Ontem,
depois de passar doze horas na rebelião mais sangrenta da história do Brasil,
um repórter, dito correspondente desse jornal me liga. Eu digo que estou
cansado, sem dormir a noite toda, mas paro para atende-lo por vinte minutos.
Algumas horas depois sai a matéria: “Juiz chamado para negociar rebelião é
suspeito de ligação com facção no Amazonas”. O Estadão é grande, eu sou
pequeno, um simples funcionário público do norte do país. Eles não publicaram
nada do que falei, nem, primeiramente, o fato de que eu não era o único a
negociar a rebelião. Desenterraram uma investigação contra mim da Polícia
Federal em que esta escuta advogados falando o meu nome para presos, sem
qualquer prova de conduta minha. Detalhe, todos os presos das escutas estão
presos, nunca soltei ninguém. Mas insinuaram que isso tinha algo a ver com o
fato de eu ter ido falar com os presos na rebelião, que sequer eram os mesmos
da escuta. Fui porque tinha reféns. Estamos no recesso, eu não estou no
plantão, fui porque havia reféns, dez reféns, mas isso eles não falaram também.
Fui chamado pelo próprio Secretario de Segurança do Amazonas que, não por
coincidência, é um dos delegados da Polícia Federal mais respeitados do Estado.
Ele, o delegado, veio me buscar em casa, me cedeu um colete a prova de balas, e
fomos para a penitenciária. O secretário de administração penitenciária,
egresso igualmente da PF também estava lá aguardando. Tudo que fiz, negociei e
ajudei a salvar dez funcionários do Estado, reféns dos presos, fiz sob
orientação dos policiais. Tudo isso falei para o tal Estadão, mas foi
indiferente para eles. Agora recebo ameaças de morte da suposta outra facção,
por causa da matéria covardemente escrita, sem sequer citar o que falei.
Covardes. Estadão covarde, para quem não basta “bandido morto”, juiz morto também
é indiferente.
****
http://www.ocafezinho.com/2017/01/03/materia-covarde-e-mentirosa-do-estadao-poe-em-risco-vida-de-juiz-do-amazonas/
Nenhum comentário:
Postar um comentário