A
Presidente do Supremo Tribunal Federal
parece habitar outro país.
Disse
hoje aos jornalistas que “não vê conflito entre os Poderes da República devido
a decisões, como o afastamento liminar de Renan Calheiros da Presidência do
Senado. “Os Poderes atuam de forma harmônica”, como está no site do STF.
Retratos
da harmonia: o ministro do Supremo Marco Aurélio Mello manda afastar o
presidente do Senado (e do Congresso).
Para
Cármem Lúcia, “não foi uma decisão fora do comum”.
A
Mesa do Senado, composta, além de Renan, por todos os representantes dos
partidos que a integram, decide não acatar a ordem.
Mais
cedo, outro Ministro, Gilmar Mendes, diz que Mello deveria sofrer impeachment
ou ser declarado inimputável (louco, portanto).
Dra.
Cármem, eu não sei mais o que é necessário para achar que existe uma crise
institucional. Tiros, tapas, pontapés?
O
terceiro poder da República, o Executivo, finge que não está nem aí, preocupado
apenas em votar a PEC da Morte e fazer o “dever de casa” para os investidores. Como, também para isso,
apresentar uma proposta de aposentadoria – ou de fim da aposentadoria – que não
passa nem neste Congresso transformado em mixórdia.
Aliás,
é mais fácil que sirva de tábua de salvação para os deputados tentarem se
salvar do opróbrio a que estão lançados.
A
diferença entre as ruas do Rio, no bélico protesto de hoje, e os corredores de
Brasília é só a falta de bombas de gás lacrimogêneo.
Falta
de gás lacrimogêneo, não de lágrimas.
http://www.tijolaco.com.br/blog/ministra-carmem-lucia-preside-o-stf-de-que-pais/
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