Não
soltei rojões pela prisão do Eduardo Cunha.
Não
paguei cerveja para os amigos por saber que o Garotinho vai pra Bangu.
Não
vou dar festa com champanhe e direito a usar guardanapo na cabeça porque o
Sérgio Cabral vai dormir em Curitiba nesta noite.
Não
gostei da agressão ao Caco Barcelos.
Não
gosto da Globo.
Achei
bizarra a reunião do Dallagnol com o Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e a subserviência
do deputado ao procurador.
Achei
preocupante a forma como os tais jornalistas se comportaram na entrevista do
Roda Viva com o Temer.
Achei
esquisita demais a invasão do plenário do Congresso por manifestantes gritando
vivas ao Sérgio Moro e pedindo intervenção militar.
Achei
revoltante a violência policial contra os manifestantes na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro.
Achei
estranho que depois da invasão do plenário do Congresso deputados de direita
foram falar que o país está precisando de ordem e misturam o que havia ocorrido
na Casa com as ocupações de escolas e a confusão na frente da Assembléia do
Rio.
Fiquei
abismado com a violência verbal de Gilmar Mendes contra Levandovsky no STF.
E
estou mais assustado por isso tudo ter acontecido em menos de 48 horas.
Não
dá pra achar que está tudo normal e que as coisas vão se resolver por destino.
Está
tudo muito estranho, tudo muito esquisito.
Mas
parece haver uma lógica nesta desordem toda.
E
o que me parece ser a lógica?
O
título.
Sim,
não o de algum time de futebol.
Mas
o título desta matéria.
Porque
quem conhece história sabe que nada acontece por acaso.
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2016/11/republica-judiciaria-midiatica-do-brasil.html
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