domingo, 9 de outubro de 2016

OS 49 ANOS DA MORTE DE CHE GUEVARA

No dia 09 de Outubro de 1967 foi anunciada a morte de Che Guevara. Considerado como sendo um herói revolucionário, ele foi capturado pelos rangers do Exército Boliviano numa escola de La Higuera, a 50 quilômetros de Vallegrande, localidade onde ele dirigia um grupo guerrilheiro que lutava contra o regime existente nesse país latino-americano.

Segundo relatos publicados pela imprensa internacional ele foi executado na referida escola no dia seguinte a sua captura, com nove tiros por ordem do então presidente da Bolívia, general René Barrientos.

Para muitos jovens de minha geração, foi uma enorme comoção, pois sua morte, aos 39 anos, interrompia o sonho de estender a Revolução Cubana à América Latina.

O que nos fascinava nele era sua história até a participação na Revolução Cubana. Ele poderia muito bem ter seguido sua profissão de médico e viver uma vidinha de burguês com grandes possibilidades de estar vivo até hoje, Mas não. Alguma inquietação interior parecia impedi-lo de parar de lutar por um mundo melhor. Até que finalmente aqueles nove tiros o pararam sem que ele sequer fosse submetido a qualquer tipo de julgamento. Assassinato puro e imperdoável.

A vida de Che Guevara

Dados obtidos no site http://www.portalangop.co.ao/

Nascido a 14 de Junho de 1928 na cidade de Rosário, Che Guevara foi o primeiro dos cinco filhos do casal Ernesto Lynch e Celia de la Serna y Llosa.

Em 1947, Ernesto matricula-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires, motivado em primeiro lugar pela sua própria doença, desenvolvendo logo um especial interesse pelo estudo da  lepra.

Em 1952, realiza uma longa jornada pela América do Sul com o melhor amigo, Alberto Granado, percorrendo 10.000 km numa moto Norton 500, apelidada de 'La Poderosa'.

Observam e se interessam por tudo, analisam a realidade com olho crítico e pensamento profundo. Os oito meses dessa viagem originam um diário. Aliás, escrever diários torna-se num hábito para o argentino, cultivado até a sua morte.

No Peru, trabalhou com leprosos e resolveu se tornar num especialista no tratamento da doença. Che saiu dessa viagem chocado com a pobreza e a injustiça social que encontrou ao longo do caminho e se identificou com a luta dos camponeses por uma vida melhor.

Mais tarde voltou à Argentina onde completou os seus estudos em medicina. Foi convocado para o exército, porém, no momento estava incompatibilizado com a ideologia peronista. Não admitia ter de defender um governo autoritário. Portanto, no dia da inspeção médica, tomou um banho gelado antes de sair de casa e na hora do exame teve um ataque de asma. Foi considerado inapto e dispensado.

Já envolvido com a política, em 1953 viajou para a Bolívia e depois seguiu para Guatemala com o seu novo amigo Ricardo Rojo. Foi lá que Guevara conheceu a sua futura esposa, a peruana Hilda Gadea Acosta.

Com o clima tenso na Guatemala e perseguido pela ditadura, Che foi para o México. Alguns relatos dizem que corria risco de vida no território guatemalteco, mas essa ida ao México já estava planeada. Lá lecionava numa universidade e trabalhava no Hospital Geral da Cidade do México, onde reencontrou Ñico Lopez, que o levou para conhecer Raúl Castro.

Raul Castro, que se encontrava refugiado no México após a fracassada revolução em Cuba em 1953, se tornou rapidamente amigo de Che. Foi Raúl que apresentou Che ao seu irmão mais velho Fidel Castro que, do mesmo modo, tornou-se amigo instantaneamente.

Tiveram a famosa conversa de uma noite inteira onde debateram sobre política mundial e, ao final, estava acertada a participação de Che no grupo revolucionário que tentaria tomar o poder em Cuba.

Jorge André Irion Jobim.





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