No dia 09 de
Outubro de 1967 foi anunciada a morte de Che Guevara.
Considerado como sendo um herói revolucionário, ele foi capturado pelos rangers do Exército Boliviano
numa escola de La Higuera, a 50 quilômetros de Vallegrande, localidade onde ele
dirigia um grupo guerrilheiro que lutava contra o regime existente nesse país
latino-americano.
Segundo
relatos publicados pela imprensa internacional ele foi executado na referida
escola no dia seguinte a sua captura, com nove tiros por ordem do então
presidente da Bolívia, general René Barrientos.
Para
muitos jovens de minha geração, foi uma enorme comoção, pois sua morte, aos 39
anos, interrompia o sonho de estender a Revolução Cubana à América Latina.
O
que nos fascinava nele era sua história até a participação na Revolução Cubana.
Ele poderia muito bem ter seguido sua profissão de médico e viver uma vidinha
de burguês com grandes possibilidades de estar vivo até hoje, Mas não. Alguma
inquietação interior parecia impedi-lo de parar de lutar por um mundo melhor.
Até que finalmente aqueles nove tiros o pararam sem que ele sequer fosse
submetido a qualquer tipo de julgamento. Assassinato puro e imperdoável.
A vida de Che Guevara
Dados
obtidos no site http://www.portalangop.co.ao/
Nascido
a 14 de Junho de 1928 na cidade de Rosário, Che Guevara foi o primeiro dos
cinco filhos do casal Ernesto Lynch e Celia de la Serna y Llosa.
Em
1947, Ernesto matricula-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos
Aires, motivado em primeiro lugar pela sua própria doença, desenvolvendo logo
um especial interesse pelo estudo da
lepra.
Em
1952, realiza uma longa jornada pela América do Sul com o melhor amigo, Alberto
Granado, percorrendo 10.000 km numa moto Norton 500, apelidada de 'La
Poderosa'.
Observam
e se interessam por tudo, analisam a realidade com olho crítico e pensamento
profundo. Os oito meses dessa viagem originam um diário. Aliás, escrever
diários torna-se num hábito para o argentino, cultivado até a sua morte.
No
Peru, trabalhou com leprosos e resolveu se tornar num especialista no
tratamento da doença. Che saiu dessa viagem chocado com a pobreza e a injustiça
social que encontrou ao longo do caminho e se identificou com a luta dos
camponeses por uma vida melhor.
Mais
tarde voltou à Argentina onde completou os seus estudos em medicina. Foi
convocado para o exército, porém, no momento estava incompatibilizado com a
ideologia peronista. Não admitia ter de defender um governo autoritário.
Portanto, no dia da inspeção médica, tomou um banho gelado antes de sair de
casa e na hora do exame teve um ataque de asma. Foi considerado inapto e
dispensado.
Já
envolvido com a política, em 1953 viajou para a Bolívia e depois seguiu para
Guatemala com o seu novo amigo Ricardo Rojo. Foi lá que Guevara conheceu a sua
futura esposa, a peruana Hilda Gadea Acosta.
Com
o clima tenso na Guatemala e perseguido pela ditadura, Che foi para o México.
Alguns relatos dizem que corria risco de vida no território guatemalteco, mas
essa ida ao México já estava planeada. Lá lecionava numa universidade e
trabalhava no Hospital Geral da Cidade do México, onde reencontrou Ñico Lopez,
que o levou para conhecer Raúl Castro.
Raul
Castro, que se encontrava refugiado no México após a fracassada revolução em
Cuba em 1953, se tornou rapidamente amigo de Che. Foi Raúl que apresentou Che
ao seu irmão mais velho Fidel Castro que, do mesmo modo, tornou-se amigo
instantaneamente.
Tiveram
a famosa conversa de uma noite inteira onde debateram sobre política mundial e,
ao final, estava acertada a participação de Che no grupo revolucionário que
tentaria tomar o poder em Cuba.
Jorge André Irion Jobim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário