O
usurpador Michel Temer jogou pesado para aprovar a PEC da Morte – a proposta de
emenda constitucional que congela por 20 anos os gastos públicos em saúde,
educação e em outras áreas essenciais para a população mais sofrida do Brasil.
Afinal, ele já vinha sendo cobrado pela elite empresarial – principalmente
pelos abutres financeiros – que financiou o “golpe dos corruptos” e garantiu o
seu assalto ao Palácio do Planalto. Ela exigia pressa nas “medidas impopulares”
e até sinalizava que poderia trair o Judas mais cedo do que muitos imaginavam.
Temendo a traição, o ilegítimo fez de tudo: do banquete macabro com os
deputados na véspera da votação aos anúncios milionários na mídia chapa-branca.
Mas
a vitória na votação de segunda-feira (10), na qual 366 deputados-carrascos
aprovaram a PEC-241, não se deveu apenas ao convencimento no campo das ideias.
Aos poucos, a imprensa venal vai revelando que o Palácio do Planalto se
transformou em um autêntico balcão de negócios para “convencer” os nobres e
éticos parlamentares. Uma notinha na Folha informa que em troca do apoio à PEC,
os deputados cobraram cargos e benesses. “Com o esforço do governo em conseguir
um placar folgado na votação da proposta de teto dos gastos públicos,
integrantes da base aliada na Câmara dos Deputados aproveitaram a ofensiva do
Palácio do Planalto para negociar a indicação de cargos em empresas estatais”.
“Segundo
um assessor presidencial, ao longo do dia, deputados que estavam fechados desde
o domingo pelo apoio à iniciativa pressionavam o Palácio do Planalto nesta segunda-feira
(10) a atender seus pedidos aproveitando a votação considerada vital para o
sucesso do governo Temer. Os pedidos, de acordo com auxiliares presidenciais,
já eram esperados. ‘Nada que seja surpreendente. Sempre há um deputado federal,
inclusive favorável à austeridade fiscal, que aproveita para fazer negociações
de seu interesse’, avaliou um aliado do peemedebista. Para garantir a aprovação
da proposta, o presidente montou uma força-tarefa ministerial, que incluiu a
criação de um gabinete de inteligência para identificar traições na base aliada
e a exoneração temporária de auxiliares diretos que detêm mandato de deputado
federal”.
Cargos nas
estatais e ameaças aos “traidores”
Ainda
segundo a reportagem, assinada pelos insuspeitos Valdo Cruz e Gustavo Uribe, o
próprio Michel Temer “atendeu pelos menos quatro deputados federais que se
mostraram indecisos sobre a iniciativa. Caso houvesse a necessidade uma
abordagem mais direta, o presidente deixou a agenda de compromissos livre,
assim como os ministros Eliseu Padilha e Geddel Vieira. Para evitar o
esvaziamento do plenário, o Palácio do Planalto mandou cancelar todas as
audiências marcadas com deputados federais em ministérios e estatais, como o
Banco do Brasil e a Caixa. Além disso, montou um sistema online com
atualizações sobre o número de congressistas que registram presença na sessão
parlamentar”.
Já
o Estadão informa que o balcão de negócios foi acompanhado de ameaças, de um
verdadeiro terrorismo. O jornal revela que os “dissidentes”, os que não se
submeteram às promessas de cargos e benesses ou às ameaças, deverão ser
punidos. “O maior foco de irritação é com o PSB, que controla o Ministério de
Minas e Energia e deu 10 votos contra a proposta do teto. A maioria deles veio
de Pernambuco, estado governado pelo partido e base política do ministro
Fernando Bezerra Coelho Filho”. O capanga Eliseu Padilha, ministro-chefe da
Casa Civil, já mandou avisar que “os traidores” serão exemplarmente punidos.
“Quem votou contra a PEC não deve participar do governo”.
Mídia
chapa-branca será recompensada
Nestes
dias de tensão antes da aprovação da PEC da Morte, o Judas Michel Temer e seus
jagunços tiveram um aliado fiel, sem qualquer risco de “traições”. A mídia
rentista, por razões político-ideológicas e por motivos meramente mercenários,
não vacilou um segundo na defesa do corte dos gastos públicos na saúde e
educação e na garantia do dinheiro em caixa para pagar os banqueiros. Em
editoriais e generosas reportagens, os jornalões, as revistonas e as emissoras
de rádio e televisão bombardearam os “midiotas” com farta munição para
justificar a “austeridade fiscal”. Nesta terça-feira (11), passada a refrega, a
mídia chapa-branca esbanjou euforia com a “vitória folgada” da PEC da Morte.
No
jornal O Globo, da bilionária famiglia Marinho, a ex-urubóloga Miriam Leitão
soltou rojões: “A PEC do teto de gastos não resolve o problema, mas sem ela a
situação se agravaria muito... A vitória por 366 votos foi significativa, mas é
só o primeiro passo”. Já o Estadão elogiou a “firmeza” de Michel Temer e
garantiu que a votação criou “as condições políticas para tornar possível o
urgente ajuste das contas públicas e a consequente retomada do crescimento
econômico”. No mesmo rumo, a Folha aplaudiu a aprovação da PEC da Morte. Diante
de tamanho servilismo, talvez nos próximos dias a Secretaria de Comunicação
(Secom) do covil golpista até eleve ainda mais as verbas publicitárias para a
mídia chapa-branca!
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2016/10/o-balcao-de-negocios-da-pec-da-morte.html
Mas
a vitória na votação de segunda-feira (10), na qual 366 deputados-carrascos
aprovaram a PEC-241, não se deveu apenas ao convencimento no campo das ideias.
Aos poucos, a imprensa venal vai revelando que o Palácio do Planalto se
transformou em um autêntico balcão de negócios para “convencer” os nobres e
éticos parlamentares. Uma notinha na Folha informa que em troca do apoio à PEC,
os deputados cobraram cargos e benesses. “Com o esforço do governo em conseguir
um placar folgado na votação da proposta de teto dos gastos públicos,
integrantes da base aliada na Câmara dos Deputados aproveitaram a ofensiva do
Palácio do Planalto para negociar a indicação de cargos em empresas estatais”.
“Segundo
um assessor presidencial, ao longo do dia, deputados que estavam fechados desde
o domingo pelo apoio à iniciativa pressionavam o Palácio do Planalto nesta segunda-feira
(10) a atender seus pedidos aproveitando a votação considerada vital para o
sucesso do governo Temer. Os pedidos, de acordo com auxiliares presidenciais,
já eram esperados. ‘Nada que seja surpreendente. Sempre há um deputado federal,
inclusive favorável à austeridade fiscal, que aproveita para fazer negociações
de seu interesse’, avaliou um aliado do peemedebista. Para garantir a aprovação
da proposta, o presidente montou uma força-tarefa ministerial, que incluiu a
criação de um gabinete de inteligência para identificar traições na base aliada
e a exoneração temporária de auxiliares diretos que detêm mandato de deputado
federal”.
Cargos nas
estatais e ameaças aos “traidores”
Ainda
segundo a reportagem, assinada pelos insuspeitos Valdo Cruz e Gustavo Uribe, o
próprio Michel Temer “atendeu pelos menos quatro deputados federais que se
mostraram indecisos sobre a iniciativa. Caso houvesse a necessidade uma
abordagem mais direta, o presidente deixou a agenda de compromissos livre,
assim como os ministros Eliseu Padilha e Geddel Vieira. Para evitar o
esvaziamento do plenário, o Palácio do Planalto mandou cancelar todas as
audiências marcadas com deputados federais em ministérios e estatais, como o
Banco do Brasil e a Caixa. Além disso, montou um sistema online com
atualizações sobre o número de congressistas que registram presença na sessão
parlamentar”.
Já
o Estadão informa que o balcão de negócios foi acompanhado de ameaças, de um
verdadeiro terrorismo. O jornal revela que os “dissidentes”, os que não se
submeteram às promessas de cargos e benesses ou às ameaças, deverão ser
punidos. “O maior foco de irritação é com o PSB, que controla o Ministério de
Minas e Energia e deu 10 votos contra a proposta do teto. A maioria deles veio
de Pernambuco, estado governado pelo partido e base política do ministro
Fernando Bezerra Coelho Filho”. O capanga Eliseu Padilha, ministro-chefe da
Casa Civil, já mandou avisar que “os traidores” serão exemplarmente punidos.
“Quem votou contra a PEC não deve participar do governo”.
Mídia
chapa-branca será recompensada
Nestes
dias de tensão antes da aprovação da PEC da Morte, o Judas Michel Temer e seus
jagunços tiveram um aliado fiel, sem qualquer risco de “traições”. A mídia
rentista, por razões político-ideológicas e por motivos meramente mercenários,
não vacilou um segundo na defesa do corte dos gastos públicos na saúde e
educação e na garantia do dinheiro em caixa para pagar os banqueiros. Em
editoriais e generosas reportagens, os jornalões, as revistonas e as emissoras
de rádio e televisão bombardearam os “midiotas” com farta munição para
justificar a “austeridade fiscal”. Nesta terça-feira (11), passada a refrega, a
mídia chapa-branca esbanjou euforia com a “vitória folgada” da PEC da Morte.
No
jornal O Globo, da bilionária famiglia Marinho, a ex-urubóloga Miriam Leitão
soltou rojões: “A PEC do teto de gastos não resolve o problema, mas sem ela a
situação se agravaria muito... A vitória por 366 votos foi significativa, mas é
só o primeiro passo”. Já o Estadão elogiou a “firmeza” de Michel Temer e
garantiu que a votação criou “as condições políticas para tornar possível o
urgente ajuste das contas públicas e a consequente retomada do crescimento
econômico”. No mesmo rumo, a Folha aplaudiu a aprovação da PEC da Morte. Diante
de tamanho servilismo, talvez nos próximos dias a Secretaria de Comunicação
(Secom) do covil golpista até eleve ainda mais as verbas publicitárias para a
mídia chapa-branca!
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2016/10/o-balcao-de-negocios-da-pec-da-morte.html
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