Vejam
o nível de degradação moral que atingiu o parlamento brasileiro.
O
deputado Nélson Marquezelli, de São Paulo, que ficou conhecido por dizer que
“quem não tem dinheiro não tem de fazer faculdade”, ao defender a PEC 241 é o
mesmo que, três anos atrás, queria, como procurador da Câmara dos
Deputados, “distribuir passagens aéreas,
de ida e volta, para esposas e filhos dependentes, nos trechos entre o estado
de origem do parlamentar e Brasília”.
O
registro, insuspeito, é de O Globo:
O
procurador parlamentar da Câmara, Nelson Marquezelli (PTB-SP), cujo papel é
zelar pela honra e imagem da Casa perante a sociedade, quer aumentar o valor
das cotas destinadas a seus pares e também conceder passagens aéreas para seus
parentes. Num ofício de duas páginas que entregou nos gabinetes de seus colegas
nesta segunda-feira, com balanço de sua gestão à frente da Procuradoria,
Marquezelli diz considerar fundamentais a revisão desses valores e a inclusão
de novas regalias. O deputado diz ser preciso aumentar em 20% as cotas
parlamentares. A verba de gabinete hoje é de R$ 78 mil e iria para R$ 93,6 mil.
Ele
propõe limite maior para gasto com combustível, que faria com que essa verba
fosse mais que o dobro do que a atual: Sairia dos R$ 4,5 mil para R$ 10 mil. O
auxílio-moradia também seria elevado, de R$ 3 mil para R$ 5 mil. Esse é o valor
para aluguel de imóvel para o deputado que prefere não morar em apartamento
funcional.
É
este o padrão moral dos cidadãos que votaram pelo congelamento – dos gastos em
saúde e educação e, na prática, sua redução ao longo dos próximos 20 anos.
Ele
disse que, como eles podem, seus filhos irão (já devem ter ido, pela idade)
para a universidade, pagando.
Mas,
dependendo dele, vão para o avião de graça, na conta dos miseráveis que não
podem estudar.
http://www.tijolaco.com.br/blog/deputado-que-quer-pobre-fora-da-universidade-queria-passagem-gratis-para-parentes-de-parlamentares/
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