A
anunciada coletiva da – o nome já diz tudo – força tarefa da Lava Jato para
anunciar, ou prometer anunciar, uma denúncia criminal contra Lula era o passo
óbvio do processo de luta política que se desenvolve sob a capa judicial.
Lula,
ao que tudo indica, será denunciado por não ter recebido um apartamento no
Guarujá, agora que o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, foi devidamente
enquadrado e avisado que, sem Lula e os petistas, não haverá “colher de chá” em
sua delação ou nem mesmo acordo de delação.
O
roteiro é tão simplório que seria recusado até numa minissérie: o empresário
não fala o que os promotores querem ouvir, seu depoimento vaza, a delação (que
vale não ir para a cadeia por anos a fio) é suspensa e, agora, candidamente, o
delator vai dizer o que se quer dele ouvir.
Os
promotores, docemente constrangidos, dizem ao juiz que não poderia haver novo
depoimento mas, em benefício do direito de defesa – como todos sabem,
prezadíssimo em Curitiba – concordam que o faça.
É
preciso “preparar a cama” para seu troféu: a prisão de Lula.
E
para lançar o país numa situação de conflagração que não se tem ideia de onde
vai parar.
http://www.tijolaco.com.br/blog/cunha-e-cinza-agora-o-fogo-sera-em-lula/
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