O
estranho caso de “célula” terrorista cujos membros nem se conheciam, continua
tendo cobertura da mídia golpista. De criador de galinhas a idiota que busca a
compra de armas AK 47 do Paraguai, pela internet, a trupe parece ter sido presa
pra tentar vender a imagem do tal “ministro” interino da justiça. Mas pior que
isto, a PF e o Governo parecem estar fazendo um teste para a ditatorial “Lei
Anti Terror”. Esta lei, na forma em que esta, num país como o Brasil, que não
tem tradição de terrorismo político, parece ter mais o objetivo de atingir
movimentos sociais organizados que lutam por direitos do que propriamente
contra o terrorismo. Mas eis que a PF faz a operação hastag e desbarata uma célula
de “criadores de galinha”
Do
Brasil 247 – O suspeito preso pela Polícia Federal no Rio Grande do Sul,
acusado de premeditar ato terrorista na Olimpíada e de fazer juramento ao grupo
Estado Islâmico, é um criador e vendedor de galinhas de raça no município de
Morro Redondo, no sul do estado.
Ele
confirmou à PF ter mantido conversas com desconhecidos pelo Telegram,
aplicativo de conversas semelhante ao WhatsApp, mas negou a intenção de
praticar atentados. Segundo a investigação, ele e outros suspeitos de várias
partes do País aderiram ao EI.
O
pai disse que o filho usava bastante o celular, para receber encomendas de
galinhas. Clientes iam até a propriedade da família para buscar os animais
criados pelo suspeito de envolvimento com o terrorismo. “O pessoal sempre
ligava para comprar as galinhas dele. Ele estava sempre mexendo naquilo
(celular)”, contou.
Em
conversas pelo chat, os suspeitos elogiaram os recentes atentados em Nice e
Orlando e falavam sobre praticar atos terroristas no Rio. E discutiram a compra
de armas.
O
pai defendeu o filho. “Ele não é um bandido. Simplesmente falou com a pessoa
errada na hora errada. Passaram esse “zap zap” aí. Ele, inocentemente,
respondeu, achando que estava fazendo uma grande coisa. É um idiota, foi aceitar
conversar com um cara que nem conhece. Ele nunca nos falou nada. Disse que
estava conversando com amigos. O delegado perguntou qual era o plano. Ele disse
que não tinha plano nenhum, que não faria atentado. Disse que foi respondendo
às mensagens sem saber o que estava acontecendo”, disse, conforme relato do
Globo.
A
família, que é católica, mas não praticante, desconhece que ele tenha adotado
nome árabe. O pai disse acreditar na inocência do filho, confessou estar
envergonhado e com medo de perseguição à sua família. Ele afirmou também que
está decidido a retirar um outro filho da escola em Pelotas, por temer
represálias. “Vão apontar e dizer: aquele é o irmão do terrorista. Estou
morrendo de vergonha, nunca fiz nada de errado”, lamentou.
https://luizmuller.com/2016/07/23/criador-de-galinhas-do-rs-e-preso-como-terrorista-pela-pf/
Nenhum comentário:
Postar um comentário