O Brasil chegou ao
inacreditável.
Os integrantes das
corporações judiciais, assim como estão fazendo alguns delegados da PF, se
articulam para fazer a censura aos meios de comunicação pelo meio mais
perverso: inviabilizando sua sobrevivência econômica.
Agora são os juízes do
Paraná que investem sobre o jornal Gazeta do Povo, que noticia hoje ser “alvo
de dezenas de ações judiciais movidas por juízes do Paraná, após a publicação
de reportagens a respeito do “sobreteto” do judiciário estadual, citando vários
exemplos de desrespeito ao teto do funcionalismo público, limitado aos valores
dos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal”.
Segundo o jornal, os juízes
estão protocolando ações em todo o Paraná, como “retaliação à publicação da
lista dos juízes e seus respectivos salários, muito embora sejam dados públicos
disponíveis no site da Transparência, em obediência à Lei de Acesso à
Informação”.
Diz que, receberam minutas
de ações dentro da associação de classe
e “combinaram ingressar contra o jornal e os jornalistas em todo o
Estado, no total de mais de trinta demandas de uma só vez, que parecem ter o
objetivo de dificultar a defesa”.
Como no caso dos delegados
da Polícia Federal que processam Marcelo Auler e, agora, Paulo Henrique Amorim
(neste caso, segundo o jornalista, com ameaças de fazerem o mesmo, com centenas
de ações espalhadas pelo país) não fazem acusação criminal, mas de dano moral.
Neste caso, ao contrário do que acontece nas ações de calúnia e difamação, não
existe o instituto da “exceção da verdade”, pelo qual o acusado falou apenas o
que corresponde à realidade.
Há uma reclamação contra as
ações dos juízes no Supremo, mas a ministra Rosa Weber recusou-a. Está em grau
de recurso.
O monstro que Rui Barbosa
descreveu como “a pior das ditaduras, a judicial” está em marcha batida.
Por Fernando Brito
http://www.tijolaco.com.br/blog/juizes-do-parana-querem-punir-jornal-que-publicou-seus-salarios/
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