O
juiz Moro, de maneira irresponsável, quase detona uma guerra civil no país e
depois vem com esta de inocentemente pedir desculpas.
Ora,
senhor Moro, pare de querer ser astro da rede globo e comece a tomar
consciência das implicações políticas, econômicas e sociais que suas decisões
podem ter. Querer quebrar a economia de uma nação, dividir o povo e acirrar os
ânimos quase que de maneira irreversível apenas em nome da aplicação pura e
simples de algumas leis é de uma burrice monumental, principalmente quando esta conduta é
proveniente de alguém cujo objetivo precípuo é justamente o de dirimir
conflitos.
Mas
enfim, é isto que dá colocarmos as decisões de nossas demandas jurídicas nas
mãos de meros bons decoradores de apostilas e decifradores dos pega-ratões dos
concursos para as áreas jurídicas.
Já
é hora de pensarmos em uma nova maneira de preenchermos as vagas para os cargos
de juízes, promotores e de agentes de outros setores importantes de nossa
estrutura jurídica. Eu sempre imaginei que os concursos eram a melhor maneira
de ingresso nas carreiras jurídicas, mas desde 2.012 e 2.013 com a nefasta Ação
Penal 470, eu passei a mudar de idéia. Até porque falta aos magistrados algo
que é essencial: a LEGITIMIDADE DO VOTO.
E
algumas de nossas faculdades de direito também têm culpa nisto tudo, pois pelo
que eu já conversei com estudantes de direito, pude deduzir que muitas não
estão se esmerando em criar juristas, mas tão somente concurseiros. E isto não
pode continuar, sob pena de sermos condenados a viver em uma República de
Decoradores de Apostilas.
Queremos
mesmo é a ampliação dos espaços para que prolifere a inteligência em seu sentido
etimológico de inter + legere, ou seja, saber ler nas entrelinhas. Ou não
precisaremos mais de juízes e nossos litígios passarão a ser decididos tão
somente por computadores e fórmulas matemáticas.
Jorge
André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria..
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