Pontos
principais:
1-
A epidemia de Dengue no Brasil se sustenta em forma endêmica (permanente) na
marginalidade e miséria de milhões de pessoas, sobretudo no Nordeste
brasileiro. Agora se soma a circulação do vírus Zika, uma doença similar,
embora mais benigna.
2.
Se detecta aumento de malformações congênitas em forma muito chamativa,
sobretudo microcefalia em recém nascidos. O Ministério da Saúde brasileiro
rapidamente o vincula com vírus Zika. Embora desconheça que na zona onde vivem
os doentes, há 18 meses aplicam um larvicida químico que produz malformações
nos mosquitos, e que este veneno (piriproxifeno) o estado o aplica na água de consumo
da população afetada.
3.
As epidemias prévias de Zika não geraram malformações em recém nascidos, apesar
de infectar 75% da população dos países, tampouco países como Colômbia
registram casos de microcefalia e sim muito Zika.
4.
O piriproxifeno que se utiliza (por recomendação da OMS) é produzido pela
Sumimoto Chemical, uma subsidiária japonesa da Monsanto.
5.
Os médicos brasileiros (Abrasco) denunciam que a estratégia de controle químico
contamina o ambiente e as pessoas e não consegue diminuir a quantidade de
mosquitos, e que esta estratégia aponta a uma manobra comercial da industria de
venenos químicos com profunda inserção nos ministérios latinoamericanos de
saúde, na OMS e OPS.
6.
Fumigar massivamente com aviões como se está avaliando por parte dos governos
do Mercosul é criminoso, inútil e uma manobra política para simular que se
tomam medidas. A base do avanço da doença se encontra na inequidade e a pobreza
e a melhor defesa passa por ações baseadas na comunidade.
7.
A ultima estratégia aplicada no Brasil e que pretende ser replicada em todos
nossos países é a utilização de mosquitos transgênicos; um fracasso total,
salvo para a empresa que fornece os mosquitos.
Introdução
A
crônica epidemia de Dengue no Brasil (praticamente endêmica no Nordeste
brasileiro junto com a pobreza e marginalidade de milhões de pessoas) se
adiciona desde há 9 meses um brote de Zika, virose também transmitida por
mosquito Aedes.
Em
Pernambuco cerca de 4000 crianças recém nascidas em 2015 apresentam
malformações congênitas, principalmente MICROCEFALIA (cabeça menor do que o
normal). Rapidamente o Ministério da Saúde do Brasil afirmou que era
consequência da infeção pelo vírus Zika(1)
Descoberto
em 1947 no bosque Zika em Uganda, o vírus ZIKA é um arbovírus do gênero
Flavivirus, similar ao vírus da dengue, a febre amarela, a encefalite japonesa,
ao da febre do Nilo Ocidental, e os vírus da encefalite de São Luis. Os
primeiros casos humanos de infecção por Zika se descreveram na década de 1960
na África, logo apareceram brotes no sudeste da Ásia e na Oceania(2).
Até
o ano 2007 em que uma grande epidemia explodiu em Yap, uma ilha do Oceano
Pacífico (Micronésia), as infecções por Zika tinham permanecido limitadas a
casos esporádicos ou epidemias de pequena escala. Durante a epidemia em Yap, se
estimou que três quartas partes da população local tinham sido infectadas.(2)
A
área de distribuição em expansão do ZIKA converteu a febre Zika numa doença
emergente, confirmada pela presente epidemia que afeta a Polinésia francesa
desde outubro de 2013 e a Nova Caledônia com casos reportados desde fins de
2013. Estas ilhas do Pacífico se caracterizam pela grande quantidade de
mosquitos que proliferam, sobretudo nas aldeias de população nativa. (2)
Em
maio de 2015, a Organização Mundial da Saúde reportou casos autóctonos
identificados no Brasil. Em dezembro, o Ministério da Saúde desse país estima
que 440.000 a 1.300.000 casos suspeitos da doença do vírus Zika haviam se
produzido no Brasil em 2015. (2)
A
verdadeira incidência da febre Zika é desconhecida, devido as manifestações
clínicas que imitam a infecção pelo vírus da dengue, e a falta de provas de
diagnóstico de laboratório fiável simples. Nas zonas endêmicas, os estudos
epidemiológicos mostraram uma alta prevalência de anticorpos contra ZIKA. Por
exemplo, a epidemia de Yap em 2007 deu lugar a uma taxa de ataque de 14,6 a
cada 1.000 habitantes e uma soroprevalência de 750 a cada 1000 habitantes depois
da epidemia (ou seja que 750/1000 tiveram a infecção sem desenvolver doença). A
infecção parece ser sintomática só em 18% dos casos. (2-3)
Costuma
apresentar-se como uma síndrome similar à influenza, geralmente confundida com
outras infecções por arbovírus como o vírus da Dengue ou o da Chikungunya. A
forma típica da doença se associa a uma febre de baixo grau (entre 37.8°C e
38.5°C), artralgia, em particular das pequenas articulações das mãos e os pés,
mialgia, dor de cabeça, dor retro-ocular, conjuntivite e erupção cutânea
maculopapular. Problemas digestivos (dor abdominal, diarreia, prisão de
ventre), ulcerações de membranas mucosas (aftas) e prurido podem ser mais
raramente observadas. A astenia depois da infecção parece ser frequente.(2)
Em
Dezembro de 2013, durante a epidemia de Zika na Polinésia Francesa se informa
aumento de casos de Síndrome de Guillain Barré, uma parálise neurológica que se
vincula a deficiência imunológica gerada por vírus, vacinas ou/e tóxicos
ambientais. (4) Não há referências a casos de malformações congênitas.
Zika
no Brasil
Em
janeiro de 2016 a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) publica uma
Nota Técnica e Carta Aberta ao Povo Brasileiro(1) questionando a análise lineal
do Ministério da Saúde brasileiro que vincula as emergentes malformações
congênitas ao Zika, deixa de lado outros fatores que podem estar incidindo no
problema e minimiza que as extensas epidemias do Pacífico e a atual na Colômbia
não informam casos de malformações e menos ainda microcefalia. Principalmente
ignora o papel do modelo químico para o controle de vetores. Este modelo
implica a utilização massiva de venenos químicos para tratar de diminuir ou
erradicar a presença do mosquito e se realiza há 40 anos nas zonas mais
vulneráveis do Nordeste brasileiro enquanto se multiplicam as epidemias, a
pobreza, a marginalidade social, o desmonte e a alteração climática.
Desde
o segundo semestre do ano 2014 o Ministério da Saúde brasileiro (5) deixa de
utilizar Temefós (agrotóxico organofosforado diante o qual as larvas do Aedes
se tornaram resistentes) como larvicida e incorpora massivamente o veneno
Piriproxifeno cujo nome comercial é Sumilarv fabricado pela Sumimoto Chemical,
empresa japonesa associada ou subsidiária da Monsanto na América Latina(1,5).
A
distribuição espacial por lugar de residência das mães dos recém nascidos com
microcefalia mostra maior concentração nas zonas mais pobres, com urbanização
precária e saneamento ambiental inadequado do Nordeste brasileiro. Extensas
zonas do Recife e outras cidades do Nordeste com fornecimento de água potável
de forma intermitente levou a estas populações a que armazenem em seu domicílio
água em forma insegura, condições muito favoráveis para a reprodução do
mosquito Aedes aegypti ao constituir “criadouros” que não deveriam existir e
que são passível de eliminação mecânica, pela insuficiente proteção dos
depósitos destinados ao consumo humano.(1)
O
piriproxifeno é aplicado pelo Ministério da Saúde do Brasil diretamente nos
reservatórios de água potável que utiliza a população de Pernambuco e outros
estados; aqui a proliferação de mosquitos Aedes é muito alta (similar a
situação nas ilhas do pacifico).(6) Este veneno, recomendado pela OMS, é um
inibidor do crescimento das larvas de mosquitos alterando seus processos de
desenvolvimento larva – pupa – adulto, gerando assim malformações nos mosquitos
em desenvolvimento que ocasionam sua morte ou incapacidade. É um análogo do
hormônio juvenil ou juvenóides do inseto, com o efeito de inibir o desenvolvimento
de características de insetos adultos (por exemplo, as asas, o amadurecimento
dos órgãos genitais externos) e reprodutivos, mantendo-o com aspecto “imaturo”
(ninfa ou larva), quer dizer que atua por disrupção endócrina e é teratogênico.
As
malformações que se detectam em milhares de filhos das mulheres grávidas que
vivem nas zonas onde o estado Brasileiro colocou piriproxifeno na água para
beber não parece uma casualidade, por mais que o Ministério da Saúde culpe
diretamente ao vírus do Zika por este dano, trate de ignorar sua
responsabilidade e descarte a hipótese do dano químico direto e acumulado por
anos de disrupção endocrina e imunológica na população afetada. Os médicos da
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) reclamam urgentes estudos
epidemiológicos que considerem esta opção causal sobretudo quando entre os
3.893 casos de malformações confirmados em 20 de janeiro de 2016, 49 destas
crianças tinham falecido e em cinco, somente, se tinha confirmado a infecção
com Zika.(1)
Facilmente
muitos gestores de políticas públicas, inclusive da OPS e da OMS, médicos
epidemiólogos, sanitaristas, químicos e políticos em geral esquecem que os
humanos, cada um de nós, temos implantado processos de desenvolvimento
embrionários onde passamos etapas muito diferentes. A evolução do ovo ou zigoto
a embrião, de embrião a feto e de feto a recém nascido, não está muito distante
ao processo de desenvolvimento do mosquito afetado pelo piriproxifeno. Também
com extrema facilidade tentam desconhecer que na espécie humana o 60% de nossos
genes ativos são idênticos aos de insetos como o próprio mosquito Aedes. E tudo
é muito mais confuso quando são “assessorados” por especialistas de Fundações e
empresas de inseticidas químicos (por ex.: Fundação Mundo São e Chemotecnica)
ou os tomadores de decisão dos ministério da saúde são ex-empregados das
empresas mundiais de venenos “para uso sanitário”.
Brasil
fumiga contra o Aedes adulto utilizando malation, um composto organofosforado
cancerígeno para a OMS. Paraguai adquiriu milhares de toneladas de clorpirifós
para “derrubar” mosquitos, embora saibamos que clorpirifós afeta o cérebro em
desenvolvimento de fetos e recém nascidos. Na Argentina o “controle” de vetores
se faz com piretroides, um pouco menos tóxicos mas proibido na Europa por seus
efeitos sobre as pessoas.
Para
os médicos da ABRASCO o problema é que por trás destas decisões está a
Organização Mundial da Saúde e a Organização Panamericana de Saúde com seus
comitês de “Pesticidas” que não dialogam com os comitês ambientais, de
saneamento e de promoção da saúde. Nestes orgãos os comitês que fazem a
prescrição de uso e a regulação de compra dos insumos de controle vetorial para
o mundo são imperiais. São esses organismos que convencem e dão o aval aos
processos licitatórios dos governos nacionais.(1)
Como
enfrentar estas doenças
A
estratégia hegemônica para enfrentar estas doenças transmitidas por mosquitos e
multiplicadas pela pobreza, a falta de saneamento ambiental, de excreções, de
água segura, são programas de intervenção vertical, com venenos químicos (larvicidas
e adulticidas) que desmobilizam a população ao depender todo o êxito das
propriedades do veneno, que por sua vez os adoece, mata a predadores naturais
dos mosquitos e gera a necessidade de repetir as aplicações para benefício das
empresas de venenos químicos.
Numerosa
informação científica independente demonstra como esta estratégia é defeituosa
e somente útil para as fotos dos governantes de turno. As estratégias baseadas
na comunidade, com participação e mobilização social dão melhores resultados
frente a iminência das epidemias.(7,8,9) As medidas que possibilitam derrotar a
doença estão vinculadas a justiça social e a equidade. Claramente os setores
sociais afetados por dengue e Zika são os mais pobres e carentes de serviços e
direitos.
Em
alguns momentos muito puntuais pode ser recomendável fumigações massivas sobre
aéreas habitadas, mas seus efeitos se limitam a diminuir o número de mosquitos
adultos por 2 ou 3 dias, os que podem ser úteis quando chegam os dias mais
frios, recordemos que com menos de 23°C o Aedes se imobiliza e não se reproduz
nem alimenta.
Aplicações
controladas ao redor da residência dos primeiros casos (controle de foco) são
úteis em conseguir diminuir o avanço da epidemia, mas fumigar massivamente
cidades inteiras requer uma análise custo sanitário (dano a saúde humana e ao
ecossistema) vs benefício sanitário (controle e atenuação da epidemia) que não
se justifica de nenhuma maneira “sanitária”, embora seja utilizada pelos
governos e a imprensa hegemônica para simular que tomam medidas defendendo a
saúde das pessoas.
Nossa
experiência da epidemia de Dengue em Córdoba em 2009, onde participamos
diretamente, mostrou que a distribuição dos casos correspondia a mesma
distribuição da mortalidade infantil do ano 2007 e a distribuição da população
com maiores necessidades básicas não atendidas, ou seja: falta de casa,
trabalho, educação e salubridade, o que se pode apreciar nos mapas anexos.
Neste
marco se inscreve uma nova estratégia de intervenção sanitária no Brasil, que
tentaram expandir a toda a região: Os mosquitos transgênicos.
A
empresa Oxitec da Inglaterra vende mosquitos transgênicos machos para
supostamente diminuir a população de Aedes. Estes mosquitos sofrem a inserção
de um gene letal que se transmite à descendência ocasionando a morte das larvas
se não for bloqueado por um antibiótico (tetraciclina).
O
objetivo é que se liberem milhões de mosquitos machos que se acasalem com as
fêmeas silvestres e que os ovos destas fêmeas gerem larvas que morrerão
espontâneamente.(10,11)
O
negócio é vender aos governos estes mosquitos de laboratório, logo as
populações devem “proteger” aos mosquitos porque supostamente não é necessário
nem recomendável eliminar os vasilhames com criadouros.
No
Brasil neste momento se liberaram quase 15 milhões de mosquitos transgênicos e
o fracasso é total, onde se realizaram ensaios a campo, menos de 15% das larvas
eram transgênicas, ou seja, as fêmeas silvestres não aceitavam o mosquito
inglês da Oxitec. A resposta: aumentar as liberações nos bairros pobres. (10)
Ademais,
deve-se ter em conta que a biologia da doença mostra que a fêmea “pica” somente
quando esta “grávida”, quando está gerando ovos ao ter sido fecundada por um
macho; nesse estado e somente nele, porque necessita componentes do sangue para
desenvolver seus ovos. Então se liberam milhões de mosquitos machos teria muito
mais fêmeas fecundadas buscando sangue de mamíferos para sugar e se aumentará
assim a transmissão da doença de pessoas infectadas a pessoas sãs!!!
Diante
a ameaça do Zika fumigações massivas no Mercosul
Os
governos do Mercosul alarmam com a ameaça do Zika e suas microcefalias e propõe
mais do mesmo. O agronegócio oferece os serviços da Força Aérea da Soja para
rociar cidades e povos.(12) O monocultivo, o uso massivo de agrotóxicos, o
desmonte, a destruição da flora e fauna, o desequilíbrio ecológico, a alteração
climática, a desigualdade, não são considerados como causa do problema.
À
desigualdade social estas epidemias se somam desigualdade sanitária, os
governos com agressão química geram desigualdade ambiental.
Referências:
1-
NOTA TÉCNICA E CARTA ABERTA À POPULAÇÃO
Microcefalia e doenças vetoriais relacionadas ao Aedes aegypti: os perigos das abordagens com larvicidas e
nebulização química – fumacê. Janeiro de 2016. GT Salud y Ambiente. Asociación
Brasileña de Salud Colectiva. ABRASCO.
https://www.abrasco.org.br/site/2016/02/nota-tecnica-sobre-microcefalia-e-doencas-vetoriais-relacionadas-ao-aedes-aegypti-os-perigos-das-abordagens-com-larvicidas-e-nebulizacoes-quimicas-fumace/
2.
Hennessey M, Fischer M, Staples JE. Zika Virus Spreads to New Areas — Region of
the Americas, May 2015–January 2016. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2016;65(Early
Release):1–4. DOI: http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.mm6503e1er
3.
Duffy MR1, Chen TH, Hancock WT, Powers AM, Kool JL, Lanciotti RS, Pretrick M,
Marfel M, Holzbauer S, Dubray C, Guillaumot L, Griggs A, Bel M, Lambert AJ,
Laven J, Kosoy O, Panella A, Biggerstaff BJ, Fischer M, Hayes EB Zika virus
outbreak on Yap Island, Federated States of Micronesia N Engl J Med. 2009 Jun
11;360(24):2536-43. doi: 10.1056/NEJMoa0805715.
4.
Oehler E, Watrin L, Larre P, Leparc-Goffart I, Lastère S, Valour F, Baudouin L,
Mallet HP, Musso D, Ghawche F. Zika virus infection complicated by
Guillain-Barré syndrome – case report, French Polynesia, December 2013. Euro
Surveill. 2014;19(9):pii=20720. Available online:
http://www.eurosurveillance.org/ViewArticle.aspx?ArticleId= 07202.
5.
Sumitomo Chemical and Monsanto Expand Weed Control Collaboration to
Latin
América. Sumimoto Chemical News Release December 09, 2014.
http://www.sumitomo-chem.co.jp/english/newsreleases/docs/20141209e.pdf
6.
Orientações técnica para utilização do larvicida pyriproxyfen (0,5 G) no controle de Aedes aegypti.
Ministério da Saúde.
http://u.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/30/Instrucoes-para-uso-de-pyriproxifen-maio-2014.pdf
7.
Caprara, Andrea et al. “Entomological Impact and Social Participation in Dengue
Control: A Cluster Randomized Trial in Fortaleza, Brazil.” Transactions of the
Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene 109.2 (2015): 99–105. PMC. Web.
3 Feb. 2016.
8.
Espinoza-Gomez, F, H Moises, and R Coll-Cardenas. “Educational Campaign versus
Malathion Spraying for the Control of Aedes Aegypti in Colima, Mexico.” Journal
of Epidemiology and Community Health 56.2 (2002): 148–152. PMC. Web. 3 Feb.
2016.
9.
Andersson, Neil et al. “Evidence Based Community Mobilization for Dengue
Prevention in Nicaragua and Mexico (Camino Verde, the Green Way): Cluster
Randomized Controlled Trial.” BMJ : British Medical Journal 351 (2015): h3267.
PMC. Web. 3 Feb. 2016.
10.
Helen Wallace. Mosquitos Genéticamente Modificados: Preocupaciones actuales.
TWN Biotechnology & Biosafety Series No. 15. Rapal Uruguay. Web. 3 Feb
2016.
http://www.rapaluruguay.org/transgenicos/Mosquitos%20Gen%E9ticamente%20Modificados%20%20parte%20I%20y%20II.pdf
11.
Genewatch UK. Marzo 2015. Mosquitos Genéticamente Modificados de Oxitec:¿Un enfoque creíble
para abordar el problema del dengue?. Web 03 Feb 2016.
http://www.genewatch.org/uploads/f03c6d66a9b354535738483c1c3d49e4/Mosquitos_Gen_ticamente_Modificados_de_Oxitec.pdf
12.
La Nación. Alistan unos 135 aviones para fumigar Mercosur. Web 3 feb 2016.
http://www.lanacion.com.py/2016/02/02/alistan-unos-135-aviones-para-fumigar-mercosur/
03
de Febrero de 2016
Equipe
de Produção, Reduas, Coordenador: Dr. Medardo Avila Vazquez
Fonte:
reduas.com.ar, título original: “Informe de Médicos de Povos Fumigados sobre
Dengue-Zika e fumigações com venenos químicos“
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