sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

INFORME DE MÉDICOS SOBRE O VÍRUS ZIKA, OXITEC E VENENO DA MONSANTO

Pontos principais:

1- A epidemia de Dengue no Brasil se sustenta em forma endêmica (permanente) na marginalidade e miséria de milhões de pessoas, sobretudo no Nordeste brasileiro. Agora se soma a circulação do vírus Zika, uma doença similar, embora mais benigna.

2. Se detecta aumento de malformações congênitas em forma muito chamativa, sobretudo microcefalia em recém nascidos. O Ministério da Saúde brasileiro rapidamente o vincula com vírus Zika. Embora desconheça que na zona onde vivem os doentes, há 18 meses aplicam um larvicida químico que produz malformações nos mosquitos, e que este veneno (piriproxifeno) o estado o aplica na água de consumo da população afetada.

3. As epidemias prévias de Zika não geraram malformações em recém nascidos, apesar de infectar 75% da população dos países, tampouco países como Colômbia registram casos de microcefalia e sim muito Zika.

4. O piriproxifeno que se utiliza (por recomendação da OMS) é produzido pela Sumimoto Chemical, uma subsidiária japonesa da Monsanto.

5. Os médicos brasileiros (Abrasco) denunciam que a estratégia de controle químico contamina o ambiente e as pessoas e não consegue diminuir a quantidade de mosquitos, e que esta estratégia aponta a uma manobra comercial da industria de venenos químicos com profunda inserção nos ministérios latinoamericanos de saúde, na OMS e OPS.

6. Fumigar massivamente com aviões como se está avaliando por parte dos governos do Mercosul é criminoso, inútil e uma manobra política para simular que se tomam medidas. A base do avanço da doença se encontra na inequidade e a pobreza e a melhor defesa passa por ações baseadas na comunidade.

7. A ultima estratégia aplicada no Brasil e que pretende ser replicada em todos nossos países é a utilização de mosquitos transgênicos; um fracasso total, salvo para a empresa que fornece os mosquitos.

Introdução

A crônica epidemia de Dengue no Brasil (praticamente endêmica no Nordeste brasileiro junto com a pobreza e marginalidade de milhões de pessoas) se adiciona desde há 9 meses um brote de Zika, virose também transmitida por mosquito Aedes.
Em Pernambuco cerca de 4000 crianças recém nascidas em 2015 apresentam malformações congênitas, principalmente MICROCEFALIA (cabeça menor do que o normal). Rapidamente o Ministério da Saúde do Brasil afirmou que era consequência da infeção pelo vírus Zika(1)

Descoberto em 1947 no bosque Zika em Uganda, o vírus ZIKA é um arbovírus do gênero Flavivirus, similar ao vírus da dengue, a febre amarela, a encefalite japonesa, ao da febre do Nilo Ocidental, e os vírus da encefalite de São Luis. Os primeiros casos humanos de infecção por Zika se descreveram na década de 1960 na África, logo apareceram brotes no sudeste da Ásia e na Oceania(2).

Até o ano 2007 em que uma grande epidemia explodiu em Yap, uma ilha do Oceano Pacífico (Micronésia), as infecções por Zika tinham permanecido limitadas a casos esporádicos ou epidemias de pequena escala. Durante a epidemia em Yap, se estimou que três quartas partes da população local tinham sido infectadas.(2)

A área de distribuição em expansão do ZIKA converteu a febre Zika numa doença emergente, confirmada pela presente epidemia que afeta a Polinésia francesa desde outubro de 2013 e a Nova Caledônia com casos reportados desde fins de 2013. Estas ilhas do Pacífico se caracterizam pela grande quantidade de mosquitos que proliferam, sobretudo nas aldeias de população nativa. (2)

Em maio de 2015, a Organização Mundial da Saúde reportou casos autóctonos identificados no Brasil. Em dezembro, o Ministério da Saúde desse país estima que 440.000 a 1.300.000 casos suspeitos da doença do vírus Zika haviam se produzido no Brasil em 2015. (2)

A verdadeira incidência da febre Zika é desconhecida, devido as manifestações clínicas que imitam a infecção pelo vírus da dengue, e a falta de provas de diagnóstico de laboratório fiável simples. Nas zonas endêmicas, os estudos epidemiológicos mostraram uma alta prevalência de anticorpos contra ZIKA. Por exemplo, a epidemia de Yap em 2007 deu lugar a uma taxa de ataque de 14,6 a cada 1.000 habitantes e uma soroprevalência de 750 a cada 1000 habitantes depois da epidemia (ou seja que 750/1000 tiveram a infecção sem desenvolver doença). A infecção parece ser sintomática só em 18% dos casos. (2-3)

Costuma apresentar-se como uma síndrome similar à influenza, geralmente confundida com outras infecções por arbovírus como o vírus da Dengue ou o da Chikungunya. A forma típica da doença se associa a uma febre de baixo grau (entre 37.8°C e 38.5°C), artralgia, em particular das pequenas articulações das mãos e os pés, mialgia, dor de cabeça, dor retro-ocular, conjuntivite e erupção cutânea maculopapular. Problemas digestivos (dor abdominal, diarreia, prisão de ventre), ulcerações de membranas mucosas (aftas) e prurido podem ser mais raramente observadas. A astenia depois da infecção parece ser frequente.(2)

Em Dezembro de 2013, durante a epidemia de Zika na Polinésia Francesa se informa aumento de casos de Síndrome de Guillain Barré, uma parálise neurológica que se vincula a deficiência imunológica gerada por vírus, vacinas ou/e tóxicos ambientais. (4) Não há referências a casos de malformações congênitas.

Zika no Brasil

Em janeiro de 2016 a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) publica uma Nota Técnica e Carta Aberta ao Povo Brasileiro(1) questionando a análise lineal do Ministério da Saúde brasileiro que vincula as emergentes malformações congênitas ao Zika, deixa de lado outros fatores que podem estar incidindo no problema e minimiza que as extensas epidemias do Pacífico e a atual na Colômbia não informam casos de malformações e menos ainda microcefalia. Principalmente ignora o papel do modelo químico para o controle de vetores. Este modelo implica a utilização massiva de venenos químicos para tratar de diminuir ou erradicar a presença do mosquito e se realiza há 40 anos nas zonas mais vulneráveis do Nordeste brasileiro enquanto se multiplicam as epidemias, a pobreza, a marginalidade social, o desmonte e a alteração climática.

Desde o segundo semestre do ano 2014 o Ministério da Saúde brasileiro (5) deixa de utilizar Temefós (agrotóxico organofosforado diante o qual as larvas do Aedes se tornaram resistentes) como larvicida e incorpora massivamente o veneno Piriproxifeno cujo nome comercial é Sumilarv fabricado pela Sumimoto Chemical, empresa japonesa associada ou subsidiária da Monsanto na América Latina(1,5).

A distribuição espacial por lugar de residência das mães dos recém nascidos com microcefalia mostra maior concentração nas zonas mais pobres, com urbanização precária e saneamento ambiental inadequado do Nordeste brasileiro. Extensas zonas do Recife e outras cidades do Nordeste com fornecimento de água potável de forma intermitente levou a estas populações a que armazenem em seu domicílio água em forma insegura, condições muito favoráveis para a reprodução do mosquito Aedes aegypti ao constituir “criadouros” que não deveriam existir e que são passível de eliminação mecânica, pela insuficiente proteção dos depósitos destinados ao consumo humano.(1)

O piriproxifeno é aplicado pelo Ministério da Saúde do Brasil diretamente nos reservatórios de água potável que utiliza a população de Pernambuco e outros estados; aqui a proliferação de mosquitos Aedes é muito alta (similar a situação nas ilhas do pacifico).(6) Este veneno, recomendado pela OMS, é um inibidor do crescimento das larvas de mosquitos alterando seus processos de desenvolvimento larva – pupa – adulto, gerando assim malformações nos mosquitos em desenvolvimento que ocasionam sua morte ou incapacidade. É um análogo do hormônio juvenil ou juvenóides do inseto, com o efeito de inibir o desenvolvimento de características de insetos adultos (por exemplo, as asas, o amadurecimento dos órgãos genitais externos) e reprodutivos, mantendo-o com aspecto “imaturo” (ninfa ou larva), quer dizer que atua por disrupção endócrina e é teratogênico.

As malformações que se detectam em milhares de filhos das mulheres grávidas que vivem nas zonas onde o estado Brasileiro colocou piriproxifeno na água para beber não parece uma casualidade, por mais que o Ministério da Saúde culpe diretamente ao vírus do Zika por este dano, trate de ignorar sua responsabilidade e descarte a hipótese do dano químico direto e acumulado por anos de disrupção endocrina e imunológica na população afetada. Os médicos da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) reclamam urgentes estudos epidemiológicos que considerem esta opção causal sobretudo quando entre os 3.893 casos de malformações confirmados em 20 de janeiro de 2016, 49 destas crianças tinham falecido e em cinco, somente, se tinha confirmado a infecção com Zika.(1)

Facilmente muitos gestores de políticas públicas, inclusive da OPS e da OMS, médicos epidemiólogos, sanitaristas, químicos e políticos em geral esquecem que os humanos, cada um de nós, temos implantado processos de desenvolvimento embrionários onde passamos etapas muito diferentes. A evolução do ovo ou zigoto a embrião, de embrião a feto e de feto a recém nascido, não está muito distante ao processo de desenvolvimento do mosquito afetado pelo piriproxifeno. Também com extrema facilidade tentam desconhecer que na espécie humana o 60% de nossos genes ativos são idênticos aos de insetos como o próprio mosquito Aedes. E tudo é muito mais confuso quando são “assessorados” por especialistas de Fundações e empresas de inseticidas químicos (por ex.: Fundação Mundo São e Chemotecnica) ou os tomadores de decisão dos ministério da saúde são ex-empregados das empresas mundiais de venenos “para uso sanitário”.

Brasil fumiga contra o Aedes adulto utilizando malation, um composto organofosforado cancerígeno para a OMS. Paraguai adquiriu milhares de toneladas de clorpirifós para “derrubar” mosquitos, embora saibamos que clorpirifós afeta o cérebro em desenvolvimento de fetos e recém nascidos. Na Argentina o “controle” de vetores se faz com piretroides, um pouco menos tóxicos mas proibido na Europa por seus efeitos sobre as pessoas.

Para os médicos da ABRASCO o problema é que por trás destas decisões está a Organização Mundial da Saúde e a Organização Panamericana de Saúde com seus comitês de “Pesticidas” que não dialogam com os comitês ambientais, de saneamento e de promoção da saúde. Nestes orgãos os comitês que fazem a prescrição de uso e a regulação de compra dos insumos de controle vetorial para o mundo são imperiais. São esses organismos que convencem e dão o aval aos processos licitatórios dos governos nacionais.(1)

Como enfrentar estas doenças

A estratégia hegemônica para enfrentar estas doenças transmitidas por mosquitos e multiplicadas pela pobreza, a falta de saneamento ambiental, de excreções, de água segura, são programas de intervenção vertical, com venenos químicos (larvicidas e adulticidas) que desmobilizam a população ao depender todo o êxito das propriedades do veneno, que por sua vez os adoece, mata a predadores naturais dos mosquitos e gera a necessidade de repetir as aplicações para benefício das empresas de venenos químicos.

Numerosa informação científica independente demonstra como esta estratégia é defeituosa e somente útil para as fotos dos governantes de turno. As estratégias baseadas na comunidade, com participação e mobilização social dão melhores resultados frente a iminência das epidemias.(7,8,9) As medidas que possibilitam derrotar a doença estão vinculadas a justiça social e a equidade. Claramente os setores sociais afetados por dengue e Zika são os mais pobres e carentes de serviços e direitos.

Em alguns momentos muito puntuais pode ser recomendável fumigações massivas sobre aéreas habitadas, mas seus efeitos se limitam a diminuir o número de mosquitos adultos por 2 ou 3 dias, os que podem ser úteis quando chegam os dias mais frios, recordemos que com menos de 23°C o Aedes se imobiliza e não se reproduz nem alimenta.

Aplicações controladas ao redor da residência dos primeiros casos (controle de foco) são úteis em conseguir diminuir o avanço da epidemia, mas fumigar massivamente cidades inteiras requer uma análise custo sanitário (dano a saúde humana e ao ecossistema) vs benefício sanitário (controle e atenuação da epidemia) que não se justifica de nenhuma maneira “sanitária”, embora seja utilizada pelos governos e a imprensa hegemônica para simular que tomam medidas defendendo a saúde das pessoas.

Nossa experiência da epidemia de Dengue em Córdoba em 2009, onde participamos diretamente, mostrou que a distribuição dos casos correspondia a mesma distribuição da mortalidade infantil do ano 2007 e a distribuição da população com maiores necessidades básicas não atendidas, ou seja: falta de casa, trabalho, educação e salubridade, o que se pode apreciar nos mapas anexos.

Neste marco se inscreve uma nova estratégia de intervenção sanitária no Brasil, que tentaram expandir a toda a região: Os mosquitos transgênicos.

A empresa Oxitec da Inglaterra vende mosquitos transgênicos machos para supostamente diminuir a população de Aedes. Estes mosquitos sofrem a inserção de um gene letal que se transmite à descendência ocasionando a morte das larvas se não for bloqueado por um antibiótico (tetraciclina).

O objetivo é que se liberem milhões de mosquitos machos que se acasalem com as fêmeas silvestres e que os ovos destas fêmeas gerem larvas que morrerão espontâneamente.(10,11)
O negócio é vender aos governos estes mosquitos de laboratório, logo as populações devem “proteger” aos mosquitos porque supostamente não é necessário nem recomendável eliminar os vasilhames com criadouros.

No Brasil neste momento se liberaram quase 15 milhões de mosquitos transgênicos e o fracasso é total, onde se realizaram ensaios a campo, menos de 15% das larvas eram transgênicas, ou seja, as fêmeas silvestres não aceitavam o mosquito inglês da Oxitec. A resposta: aumentar as liberações nos bairros pobres. (10)

Ademais, deve-se ter em conta que a biologia da doença mostra que a fêmea “pica” somente quando esta “grávida”, quando está gerando ovos ao ter sido fecundada por um macho; nesse estado e somente nele, porque necessita componentes do sangue para desenvolver seus ovos. Então se liberam milhões de mosquitos machos teria muito mais fêmeas fecundadas buscando sangue de mamíferos para sugar e se aumentará assim a transmissão da doença de pessoas infectadas a pessoas sãs!!!

Diante a ameaça do Zika fumigações massivas no Mercosul

Os governos do Mercosul alarmam com a ameaça do Zika e suas microcefalias e propõe mais do mesmo. O agronegócio oferece os serviços da Força Aérea da Soja para rociar cidades e povos.(12) O monocultivo, o uso massivo de agrotóxicos, o desmonte, a destruição da flora e fauna, o desequilíbrio ecológico, a alteração climática, a desigualdade, não são considerados como causa do problema.

À desigualdade social estas epidemias se somam desigualdade sanitária, os governos com agressão química geram desigualdade ambiental.

Referências:

1- NOTA TÉCNICA E CARTA ABERTA À POPULAÇÃO  Microcefalia e doenças vetoriais relacionadas ao Aedes aegypti:  os perigos das abordagens com larvicidas e nebulização química – fumacê. Janeiro de 2016. GT Salud y Ambiente. Asociación Brasileña de Salud Colectiva. ABRASCO. https://www.abrasco.org.br/site/2016/02/nota-tecnica-sobre-microcefalia-e-doencas-vetoriais-relacionadas-ao-aedes-aegypti-os-perigos-das-abordagens-com-larvicidas-e-nebulizacoes-quimicas-fumace/
2. Hennessey M, Fischer M, Staples JE. Zika Virus Spreads to New Areas — Region of the Americas, May 2015–January 2016. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2016;65(Early Release):1–4. DOI: http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.mm6503e1er
3. Duffy MR1, Chen TH, Hancock WT, Powers AM, Kool JL, Lanciotti RS, Pretrick M, Marfel M, Holzbauer S, Dubray C, Guillaumot L, Griggs A, Bel M, Lambert AJ, Laven J, Kosoy O, Panella A, Biggerstaff BJ, Fischer M, Hayes EB Zika virus outbreak on Yap Island, Federated States of Micronesia N Engl J Med. 2009 Jun 11;360(24):2536-43. doi: 10.1056/NEJMoa0805715.
4. Oehler E, Watrin L, Larre P, Leparc-Goffart I, Lastère S, Valour F, Baudouin L, Mallet HP, Musso D, Ghawche F. Zika virus infection complicated by Guillain-Barré syndrome – case report, French Polynesia, December 2013. Euro Surveill. 2014;19(9):pii=20720. Available online: http://www.eurosurveillance.org/ViewArticle.aspx?ArticleId= 07202.
5. Sumitomo Chemical and Monsanto Expand Weed Control Collaboration to
Latin América. Sumimoto Chemical News Release December 09, 2014. http://www.sumitomo-chem.co.jp/english/newsreleases/docs/20141209e.pdf
6. Orientações técnica para utilização do larvicida pyriproxyfen  (0,5 G) no controle de Aedes aegypti. Ministério da Saúde. http://u.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/30/Instrucoes-para-uso-de-pyriproxifen-maio-2014.pdf
7. Caprara, Andrea et al. “Entomological Impact and Social Participation in Dengue Control: A Cluster Randomized Trial in Fortaleza, Brazil.” Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene 109.2 (2015): 99–105. PMC. Web. 3 Feb. 2016.
8. Espinoza-Gomez, F, H Moises, and R Coll-Cardenas. “Educational Campaign versus Malathion Spraying for the Control of Aedes Aegypti in Colima, Mexico.” Journal of Epidemiology and Community Health 56.2 (2002): 148–152. PMC. Web. 3 Feb. 2016.
9. Andersson, Neil et al. “Evidence Based Community Mobilization for Dengue Prevention in Nicaragua and Mexico (Camino Verde, the Green Way): Cluster Randomized Controlled Trial.” BMJ : British Medical Journal 351 (2015): h3267. PMC. Web. 3 Feb. 2016.
10. Helen Wallace. Mosquitos Genéticamente Modificados: Preocupaciones actuales. TWN Biotechnology & Biosafety Series No. 15. Rapal Uruguay. Web. 3 Feb 2016. http://www.rapaluruguay.org/transgenicos/Mosquitos%20Gen%E9ticamente%20Modificados%20%20parte%20I%20y%20II.pdf
11. Genewatch UK. Marzo 2015. Mosquitos Genéticamente  Modificados de Oxitec:¿Un enfoque creíble para abordar el problema del dengue?. Web 03 Feb 2016. http://www.genewatch.org/uploads/f03c6d66a9b354535738483c1c3d49e4/Mosquitos_Gen_ticamente_Modificados_de_Oxitec.pdf
12. La Nación. Alistan unos 135 aviones para fumigar Mercosur. Web 3 feb 2016.  http://www.lanacion.com.py/2016/02/02/alistan-unos-135-aviones-para-fumigar-mercosur/
03 de Febrero de 2016

Equipe de Produção, Reduas, Coordenador: Dr. Medardo Avila Vazquez

Fonte: reduas.com.ar, título original: “Informe de Médicos de Povos Fumigados sobre Dengue-Zika e fumigações com venenos químicos“


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