Segundo boletim do Ministério de Minas e Energia, o
Brasil está liderando a corrida mundial, com um fator de capacidade de 37% em
2014, uma vez e meia o indicador mundial.
A reportagem foi publicada por EcoDebate, 05-01-2016.
O Brasil subiu para a quarta posição no ranking mundial
de expansão de potência na energia eólica em 2014. Também saltou cinco posições
no ranking mundial de capacidade instalada. Agora, ocupa o 10º lugar em
geração, tendo sido o 15º em 2013. Os dados integram o boletim “Energia Eólica
no Brasil e Mundo- ano de referência 2014”, produzido pelo Ministério de Minas
e Energia.
Já no quesito eficiência, o Brasil está liderando a
corrida mundial, conseguindo um fator de capacidade de 37% em 2014, uma vez e
meia o indicador mundial. Nos próximos anos, o resultado deverá ser ainda
melhor, pois empreendimentos iniciados em 2015 estão obtendo fatores de
capacidade cada vez mais altos. Este indicador vem aumentando
significativamente em razão dos avanços tecnológicos em materiais, e do porte
das instalações das usinas geradoras de energia eólica.
O Brasil já contratou 16,6 Gigawatts (GW) de energia
eólica em leilões, aí incluídos 1,4 GW do Programa de Incentivo às Fontes
Alternativas (Proinfa). Deste montante, 6,9 GW já estavam em operação em
novembro de 2015; 3,6 GW estavam em construção; e 6,2 GW em preparação.
No mundo, a Dinamarca apresenta a maior proporção de
geração eólica em relação à geração total do país, de 41,4%. Em Portugal a
proporção é de 23,3%; na Irlanda é de 20% e na Espanha, de 19,1%. Nos demais
países, a proporção fica abaixo de 10%.
No Brasil, em 2014 o Ceará estava à frente, apresentando
a maior proporção na geração eólica brasileira, de 30,9%, seguido pelo Rio
Grande do Norte (30,8%) e Bahia (15,4%). Destaque-se o expressivo fator de
capacidade instalada de geração do Ceará em 2014: 43,5%.
Expansão
A capacidade instalada eólica brasileira deverá chegar a
24 GW em 2024, conforme o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024). O
Nordeste vai ter 45% da sua energia gerada pelos ventos em 2024 ( 21 GW de
fonte eólica). Considerando-se também a energia solar, o indicador deverá
chegar a 50%. A perspectiva é de que as fontes solar e eólica tornarão a região
Nordeste exportadora de energia elétrica em dez anos, frente à situação de
equilíbrio, verificada em 2014.
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/550524-brasil-sobe-5-posicoes-em-ranking-mundial-eolico
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