O
15º Ofício de Notas do Rio de Janeiro oficializou, na última terça-feira (06),
a primeira união entre três mulheres de que se tem notícia no Brasil.
O
relacionamento poliafetivo envolve uma empresária (32 anos), uma dentista (32),
e uma gerente administrativa (34).
A
união inclui cláusulas que dispõem sobre bens e até estabelece que, caso uma
das mulheres esteja à beira da morte, ligada a aparelhos, por exemplo, apenas
as outras duas podem decidir o que fazer.
A
ideia de formalizar a união surgiu após a empresária ter resolvido que vai
engravidar em 2016. Na certidão do nascimento do bebê, ela quer os sobrenomes
das três parceiras.
Elas
moram – na valorizada Barra da Tijuca -
em um apartamento de três quartos, mas todas dormem na mesma cama. “O
sexo pode acontecer a três ou entre as duas que estiverem mais dispostas na
hora” – revelou o jornal O Globo, dominical (11) em matéria assinada pelos
jornalistas Ancelmo Gois e Ana Claudia Guimarães.
Ciúme?
“Só no início da relação” – admitiram as três. Hoje, garantem não ter mais.
A
avaliação da tabeliã
Fernanda
de Freitas Leitão – que é advogada e tabeliã do 15º Ofício de Notas – explicou
ao jornal carioca quais os benefícios para quem constitui esse tipo de união:
“Pode ser pleiteada pensão previdenciária, admissão no plano de saúde e
declaração conjunta do Imposto de Renda. Além disso, é possível estabelecer
direitos patrimoniais”.
A
tabeliã ressalva que “depois de lavrada a escritura de união poliafetiva não é
garantido que ela produzirá os efeitos pretendidos nos órgãos competentes”.
Não
à monogamia
A
filosofia ‘‘não à monogamia’’ faz sucesso na literatura, no cinema e na
televisão:
·
Jorge Amado escreveu “Dona Flor e seus dois maridos”, cujo título já explica
tudo.
·
Em ‘‘Eu, tu, eles’’, de Andrucha Waddington, a personagem de Regina Casé
mantinha relações consentâneas com três homens.
·
Na televisão, em 1985, ganhou notoriedade “Zelda Scott”, personagem de Andréa
Beltrão em “Armação Ilimitada”: ela namorava os personagens de André Di Biase
(Lula) e Kadu Moliterno (Juba).
·
Ainda na televisão, na recente novela “Império”, foi sucesso o papel de Viviane
Araujo, a “Nana”, que terminou o enredo ao lado dos personagens “Xana” e
“Antônio”.
·
No Rio de Janeiro, uma vez por mês, pessoas que mantêm relações poliafetivas se
reúnem no Parque Lage. E assim a vida vai...
Jorge
André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
http://www.espacovital.com.br/noticia-32205-casamento-tres-so-mulheres
Nenhum comentário:
Postar um comentário