sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

NOTA DE REPÚDIO AO DESPREPARO DA POLICIA DE SANTA MARIA, RS

Ontem, dia 13 de Fevereiro de 2.014 por volta das 17,30 horas, eu estava em minha residência pesquisando jurisprudências a respeito de algumas ações que pretendo ajuizar, quando meu cachorro Floquinho começou a latir de forma insistente como costuma fazer quando alguém está do lado de fora. Resolvi ver o que era e pela janela eu vi duas viaturas policiais do lado de fora. Achando que eles poderiam estar procurando alguma informação sai para fora e me deparei com um grupo de uns oito policiais com armas nas mãos e agindo como se eu fosse  um perigoso criminoso. Apesar de uma placa com meu nome e minha profissão na frente de minha residência, eles haviam penetrado até os fundos dela e procuravam alguma coisa até mesmo embaixo da casa.

Eu me identifiquei e perguntei o que estava havendo. Eles queriam saber de uma tal de Jéssica ao que respondi que ali não morava nenhuma pessoa com este nome. Eles insistiram e me perguntaram há quanto tempo eu ali morava, ao que respondi que era desde 1976.  Eles realmente possuíam um mandado de busca e apreensão desta pessoa que supostamente estaria morando em meu endereço, tudo de acordo com uma denúncia anônima.

Felizmente, penso que os policiais perceberam o equívoco e decidiram não levar adiante a diligência. Mais tarde fiquei sabendo que eles encontraram a pessoa que procuravam em outro endereço no qual eles efetuaram a busca e apreensão e nada encontraram de anormal.

Bem, eu ia deixar passar em branco, mas resolvi fazer um teste. Como eu escrevo artigos para vários sites, blogs, jornais e costumo divulgar petições pela internet, decidi colocar no google o meu endereço. Qual foi o resultado? Ele aparece diversas vezes acompanhado do meu nome. Ou seja, bastaria a autoridade policial ou mesmo judicial, pois para haver um mandado ele deve ser assinado por um juiz, ter a atitude iluminada de fazer a mesma busca que eu fiz e pronto; eu não teria passado o vexame de ter tido minha casa invadida de maneira cinematográfica perante toda a vizinhança. 

Tenho vários amigos e ex-colegas de faculdade que são delegados de polícia e juízes, mas eu não posso deixar passar em brancas nuvens um despreparo tão grande por parte destes senhores, principalmente em tempos de tecnologias tão avançadas.

Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS.



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