Ontem, dia 13 de Fevereiro de 2.014 por volta das 17,30
horas, eu estava em minha residência pesquisando jurisprudências a respeito de
algumas ações que pretendo ajuizar, quando meu cachorro Floquinho começou a
latir de forma insistente como costuma fazer quando alguém está do lado de
fora. Resolvi ver o que era e pela janela eu vi duas viaturas policiais do lado
de fora. Achando que eles poderiam estar procurando alguma informação sai para
fora e me deparei com um grupo de uns oito policiais com armas nas mãos e
agindo como se eu fosse um perigoso
criminoso. Apesar de uma placa com meu nome e minha profissão na frente de
minha residência, eles haviam penetrado até os fundos dela e procuravam alguma
coisa até mesmo embaixo da casa.
Eu me identifiquei e perguntei o
que estava havendo. Eles queriam saber de uma tal de Jéssica ao que respondi
que ali não morava nenhuma pessoa com este nome. Eles insistiram e me
perguntaram há quanto tempo eu ali morava, ao que respondi que era desde
1976. Eles realmente possuíam um
mandado de busca e apreensão desta pessoa que supostamente estaria morando em
meu endereço, tudo de acordo com uma denúncia anônima.
Felizmente, penso que os
policiais perceberam o equívoco e decidiram não levar adiante a diligência.
Mais tarde fiquei sabendo que eles encontraram a pessoa que procuravam em outro
endereço no qual eles efetuaram a busca e apreensão e nada encontraram de
anormal.
Bem, eu ia deixar passar em
branco, mas resolvi fazer um teste. Como eu escrevo artigos para vários sites,
blogs, jornais e costumo divulgar petições pela internet, decidi colocar no
google o meu endereço. Qual foi o resultado? Ele aparece diversas vezes
acompanhado do meu nome. Ou seja, bastaria a autoridade policial ou mesmo
judicial, pois para haver um mandado ele deve ser assinado por um juiz, ter a
atitude iluminada de fazer a mesma busca que eu fiz e pronto; eu não teria
passado o vexame de ter tido minha casa invadida de maneira cinematográfica
perante toda a vizinhança.
Tenho vários amigos e ex-colegas
de faculdade que são delegados de polícia e juízes, mas eu não posso deixar
passar em brancas nuvens um despreparo tão grande por parte destes senhores,
principalmente em tempos de tecnologias tão avançadas.
Jorge André Irion Jobim. Advogado
de Santa Maria, RS.

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