sexta-feira, 5 de março de 2010

DIREITOS HUMANOS EM CUBA

REINO DE ATAVUS
Ao ver os norte-americanos, juntamente com seus vassalos, condenando Cuba pela lamentável morte de um preso local em virtude de uma greve de fome, eu fico me perguntando como é que um país que deteve e prendeu milhares de pessoas apenas pelo fato de terem uma religião e uma etnia diferente e os levou para a base norte-americana de Guantánamo, como reação do governo do então presidente Bush ao ataque às torres gêmeas do World Trade Center, sem qualquer observância dos mais comezinhos princípios do direito, sem culpa formada, sem processo regular, sem direito a defesa através de advogados e, tempos depois, diante da absoluta falta de provas liberou-os com um mero pedido de desculpas, pode falar e cobrar de outros países uma conduta correta em relação aos direitos humanos?

E o que eles têm a dizer das cenas de violência doentia que assistimos nas prisões do Iraque, praticada contra presos indefesos? E sobre a morte de 500.000 crianças iraquianas por conta do bloqueio político e econômico àquele país, ao que a ex-secretária de Estado do governo norte-americano, Madeleine Albright respondeu ser um “preço que a democracia paga”? E sobre os bombardeios equivocados sobre o Afeganistão que acabaram vitimando civis?


Eles vivem cobrando das outras nações o respeito aos direitos humanos, porém se recusaram a assinar o tratado internacional que constituiu um tribunal para julgar crimes contra estes mesmos direitos. Mesmo assim, exigem de outros países que também não são signatários do tratado cumpram esse acordo.

Por favor senhores. Hoje em dia, não precisamos acreditar nos meios de comunicação oficiais, pois com a difusão do conhecimento através do mundo virtual, é muita inocência continuarmos acreditando que os norte-americanos são os denodados defensores da liberdade quando tentam enfiar goela abaixo seu modelo decadente de democracia em povos com culturas milenares, contrariando o Princípio da Autodeterminação dos Povos, criado para combater todas as manifestações de colonialismo. Utilizando como bandeira palavras de conteúdo genérico e vazio como liberdade e democracia, a única coisa que eles defendem, é o privilégio de continuarem submetendo todas as outras nações. E existem inocentes úteis que acreditam em tais contos da carochinha.

Apenas para terminar, gostaria de deixar claro que o denominado "dissidente" cubano Orlando Zapata Tamoyo (cuja morte devemos lamentar), na verdade, é um criminoso comum, preso, não por se expressar ou se organizar contra o regime, mas por ter sido recrutado pela CIA E isso em qualquer país do mundo configura espionagem e alta traição. Nunca um crime político como querem nos impingir.

Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS

Um comentário:

teoandre disse...

Não sei se é alta traição. Hoje, o pessoal que treinava guerrilha em Cuba é herói! Quem sabe esse dissidente não será herói amanhã? Creio que não. Lá é Cuba não é Brasil!