Foi notícia nos últimos dias, que um homem de 31 de idade, acusado de adultério foi apedrejado até a morte na sexta-feira (06), no sul da Somália, segundo declarou o grupo islâmico que controla a região. O grupo Al Shabab confirmou que Abas Hussein Abdirahman foi morto em um frente a uma multidão de 300 pessoas, na cidade portuária de Merka e que a amante de Abdirahman também será apedrejada, mas apenas após ela dar a luz ao bebê gestado na relação adúltera.
De vez em quando, afloram noticias de fatos como esse, exemplos de uma justiça primitiva que ainda teima em sobreviver em alguns lugares do mundo. A diferença desta vez é que, se antes, tais fatos pareciam distantes de nossa realidade, agora já não se pode dizer o mesmo. Basta lembrarmos dos fatos ocorridos há poucos dias no interior da Universidade Bandeirantes de São Paulo, em que a estudante Geisy Arruda, foi humilhada, hostilizada e ameaçada de ser estuprada pelo simples fato de estar usando um vestido curto, coisa tão comum nos anos 60 e 70 com o advento da minissaia e que nem por isso causava reações tão retrógradas como essa.
Será que os machistas e falsos moralistas vão conseguir derrubar os mais comezinhos princípios universais do direito, duramente conquistados ao longo de séculos e que hoje representam uma consciência superior de cultura e civilização? Será que estamos retrocedendo aos tempos da Lei de Talião e em breve haveremos de dizer que, não mais o Havaí, mas sim que a Somália é aqui?
Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
De vez em quando, afloram noticias de fatos como esse, exemplos de uma justiça primitiva que ainda teima em sobreviver em alguns lugares do mundo. A diferença desta vez é que, se antes, tais fatos pareciam distantes de nossa realidade, agora já não se pode dizer o mesmo. Basta lembrarmos dos fatos ocorridos há poucos dias no interior da Universidade Bandeirantes de São Paulo, em que a estudante Geisy Arruda, foi humilhada, hostilizada e ameaçada de ser estuprada pelo simples fato de estar usando um vestido curto, coisa tão comum nos anos 60 e 70 com o advento da minissaia e que nem por isso causava reações tão retrógradas como essa.
Será que os machistas e falsos moralistas vão conseguir derrubar os mais comezinhos princípios universais do direito, duramente conquistados ao longo de séculos e que hoje representam uma consciência superior de cultura e civilização? Será que estamos retrocedendo aos tempos da Lei de Talião e em breve haveremos de dizer que, não mais o Havaí, mas sim que a Somália é aqui?
Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
Publicado no site
Publicado no site
Publicado no site
Nenhum comentário:
Postar um comentário