O Dia Internacional da
Síndrome de Down
O
número de cromossomos presente nas células de uma pessoa é 46 (23 do pai e 23
da mãe), dispondo em pares, somando 23 pares. No caso da Síndrome de Down há um
erro na distribuição e, ao invés de 46, as células recebem 47 cromossomos e
este cromossomo a mais se ligava ao par 21. Então surgiu o termo Trissomia do
cromossomo 21.
O
Dia Internacional da Síndrome de Down é comemorado em 21 de março (21/03),
fazendo alusão aos 3 cromossomos no par número 21, que caracteriza a pessoa com
Síndrome de Down. A data foi escolhida pela Down Syndrome International,
através da ideia do geneticista Stylianos E. Antonarakis, da Universidade de
Genebra. O Dia Internacional da Síndrome de Down está no calendário oficial da
Organização das Nações Unidas, sendo comemorado pelos 193 países-membros da
ONU.
A história da Síndrome de Down
O
médico vitoriano Dr. John Langdon Down é mais lembrado por ter, em 1866,
identificado um grupo específico de pacientes cujas características eram
semelhantes em caráter. Eles tinham olhos oblíquos para cima, achatando a parte
de trás da cabeça e línguas mal controladas e fissuradas. Ninguém havia
identificado esse grupo especial anteriormente, e nos próximos 20 anos a
palavra “mongol” foi usada para descrever pessoas que hoje chamaríamos de
pessoas com Síndrome de Down.
Em
1961, dezenove especialistas internacionais, incluindo seu neto Norman,
escreveram em conjunto para o Lancet sugerindo que o nome deveria ser mudado
para a Síndrome de Down. A pedido da República Popular da Mongólia, a
Organização Mundial da Saúde adotou a recomendação em 1965 e a Síndrome de Down
passou a ser um termo descritivo universalmente aceito.
Normansfield,
em Teddington, sudoeste de Londres, foi a casa e a instituição. Langdon Down e
sua família desenvolveram uma abordagem revolucionária e esclarecida para o
atendimento de pessoas com dificuldades de aprendizagem. Isso incluiu pessoas
com síndrome de Down.
Curiosidades
sobre a Síndrome de Down
A
Síndrome de Down não ocorre somente em humanos, e já foi registrada em
diferentes animais como macacos, tigres, ovelhas, golfinhos e coalas, entre
outras espécies. As consequências encontradas em humanos são semelhantes nos
animais, como os olhos amendoados. Mas isso é questionado por alguns, pois como
a Síndrome de Down é especificamente a trissomia do cromossomo 21, como isso
poderia acontecer num gato, por exemplo, que só possui 19 pares de cromossomo?
Somente
a trissomia não caracteriza a Síndrome de Down em humanos, ela é específica do
cromossomo 21, pois quando acontece em outro cromossomo, recebe outro nome e
possui diferentes consequências, como a Síndrome de Warkany (trissomia do
cromossomo 8), Síndrome de Patau (trissomia do cromossomo 13) e Síndrome de
Edward (trissomia do cromossomo 18).
Antigamente,
em muitos casos a expectativa de vida de uma pessoa com Síndrome de Down não
passava dos 40 anos. Com os avanços da medicina e melhorias nos tratamentos, já
existem pessoas como o goiano João Batista, de 70 anos de idade, o mais velho
no Brasil. Mas o recorde mundial fica com o britânico Kenny Cridge segundo o
Guinness World Records, completando 79 anos. No Brasil existem aproximadamente
300 mil pessoas com Síndrome de Down, segundo dados do IBGE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário