Xamanismo é o conjunto mais antigo de práticas e técnicas
para se entrar em contato com o mundo espiritual e tem sua origem no período
paleolítico. Sua principal característica é a semelhança existente na essência
das práticas de povos muito distantes entre si, muitas vezes separados por
continentes e oceanos como, por exemplo, os Esquimós e nossos irmãos indígenas
aqui do Brasil.
Xamanismo é um estado de consciência, encontrado em todas
as épocas, desde o surgimento do primeiro homem sobre a face da Mãe Terra,
desenvolvido para compreender o meio ambiente e viver pacífica e harmonicamente
com ele. Nesta prática, o xamã esquece a questão de dominar a natureza e
procura entrar em perfeito estado de comunhão com ela pelo contato que faz com
as forças cósmicas e energias intrapsíquicas que lhe possibilitam receber as
mensagens dos povos mineral, vegetal, elemental e animal, entre o qual se
inclui o próprio ser humano.
O xamanismo é uma grande aventura mental e emocional, onde
tanto o paciente como o curandeiro xamã ficam envolvidos. Através de sua
heroica viagem e de seus esforços, o xamã ajuda seus pacientes a transcenderem
a noção normal e comum que têm acerca da realidade, inclusive a noção de si
próprios como doentes. Faz sentir aos seus pacientes que eles não estão
emocional e espiritualmente sozinhos em suas lutas contra a doença e a morte.
Faz com que eles partilhem de seus poderes especiais, convencendo-os, em profundo
nível de consciência, de que há outro ser humano desejoso de oferecer seu
próprio Eu para ajudá-los.
A abnegação do xamã provoca no paciente um compromisso
emotivo correspondente, um senso de obrigação de lutar ao lado do xamã para se
salvar. Zelo e cura caminham juntos.
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