A
candidatura de Fernando Haddad e Manuela D’Ávila, representantes da democracia
e do projeto de desenvolvimento com inclusão social inaugurado no governo do
ex-presidente Lula, recebeu a votação de mais de 47 milhões de eleitores. Elegemos
a maior bancada na Câmara dos Deputados e uma das maiores representações nas
Assembleias Legislativas, quatro governadores do PT e muitos de partidos
aliados.
Agradecemos
a todos os militantes do PT, do PCdoB, do PSB, do PROS, do PSOL, do PCO e de todos
de outros partidos que votaram em Haddad em defesa da democracia e dos direitos
do povo. Neste segundo turno, formou-se uma verdadeira frente democrática, em
defesa do estado de direito e da civilização, ameaçados pela candidatura
fascista de Jair Bolsonaro; uma frente que contribuiu para manter acesa a luta
pelo progresso e pela justiça social.
O
processo eleitoral foi marcado, desde o início, pela violência e pelo ódio
político, a começar pela cassação da candidatura do ex-presidente Lula. A
cúpula do Judiciário ignorou uma determinação da ONU sobre o direito de Lula
ser candidato. E foi incapaz de conter a indústria de mentiras nas redes
sociais financiadas pelo caixa 2 de Jair Bolsonaro. Pela primeira vez desde a
redemocratização tivemos uma eleição sem debates no segundo turno.
Diante
da sociedade brasileira e dos observadores internacionais, que testemunharam os
desvios e violência desta campanha, a Justiça Eleitoral e o Supremo Tribunal
Federal têm o dever de investigar as ocorrências denunciadas pela população,
pela imprensa e pelo PT na campanha de Jair Bolsonaro.
O
PT e Fernando Haddad continuarão ao lado dos trabalhadores, do povo sofrido, da
soberania do Brasil e da democracia, como sempre esteve há quase 40 anos. Vamos
defender os movimentos sociais, como o MST e o MTST, e as pessoas que pensam ou
são diferentes de Bolsonaro: os negros, os indígenas, o povo LGBTI. Contra a
violência que já se mostrou por agressões e até assassinatos de quem se opôs à
candidatura Bolsonaro.
Vamos
resistir à reforma da Previdência que Michel Temer e Jair Bolsonaro querem
fazer, contra os aposentados e os trabalhadores. Resistir à entrega do
patrimônio nacional, das empresas estratégicas, das riquezas naturais do Brasil
aos interesses estrangeiros. Vamos resistir à submissão do país aos Estados
Unidos. Nossa bandeira é a do Brasil. Nunca beijaremos a bandeira dos Estados
Unidos como fez Bolsonaro.
Vamos
resistir à extinção do Ministério do Meio Ambiente e a todos os retrocessos que
atingem a agriculturafamiliar, os direitos de negros e mulheres, a valorização
da Cultura e dos direitos humanos
Diante
das ameaças às organizações e à integridade física de quem defende a
democracia, inclusive com um ataque organizado às universidades, vamos
construir uma frente de resistência pelas liberdades democráticas, de
organização e de expressão.
Vamos
criar uma Rede Democrática de Proteção Solidária, com o lema “Você não está
só”, reunindo advogados voluntários para reagir aos casos de violação dos
direitos humanos e direitos civis, de violação às liberdades de organização, de
imprensa e de expressão.
Vamos
reforçar a campanha Lula Livre no Brasil e no exterior, não só para fazer
justiça a quem foi condenado e preso arbitrariamente, mas porque esta campanha
simboliza a defesa da liberdade, da democracia e dos direitos humanos.
Convocamos
os diretórios regionais e municipais a se integrar com os movimentos sociais, a
Frente Brasil Populare a Frente Povo Sem Medo, organizando plenárias de
articulação da resistência a partir de amanhã.
A
eleição de um aventureiro fascista é fruto de uma campanha de ódio e de mentiras,
que nos últimos anos manipulou o desespero e a insegurança da população.
Vamos
resistir numa grande frente pela democracia e pelos direitos do povo.
São
Paulo, 30 de outubro de 2018
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