No
Brasil, a política foi criminalizada em um processo moralista devastador nunca
antes visto. Há três anos, tudo o que se faz nesse país é destruir, desmontar:
de líderes populares ao Estado brasileiro; da indústria a soberania nacional;
dos empregos a esperança de toda uma nação.
O
discurso de ódio resultou no completo rechaço à política, à conciliação e ao
diálogo tradicionais da vida política brasileira. Não existe mais centro
político no Brasil. A polarização atingiu o nível de uma briga de surdos. E há
- à esquerda e à direita - quem considere esse processo positivo. Veem
"janelas de oportunidade" nesse cenário de "terra
arrasada".
Na
economia, não temos mais debate em torno de projetos de desenvolvimento. Apenas
cortes e a agenda da moda: austeridade e responsabilidade fiscal. Destruíram
instituições, empresas e milhões de empregos. O que ainda está de pé é posto à
venda, em regime de liquidação. E que fique claro: abolida a esfera política
democrática, permanece apenas a esfera econômica. Aí o capitalismo estará livre
dos limites impostos pelo Estado nacional como as leis trabalhistas,
previdenciárias, de proteção ambiental, etc.
O
mais longo período democrático da República foi interrompido porque as escolhas
do povo brasileiro referendadas nas urnas em 2014 foram desrespeitadas por um
consórcio de vendilhões e canalhas a serviço de uma elite medíocre, desumana,
subserviente a interesses transnacionais e, sobretudo, burra, que encara o povo
com desprezo, com ódio e por isso nos impuseram um golpe por termos derrotado o
projeto neoliberal ao colocarmos um metalúrgico e uma mulher comprometidos com
os interesses do povo, com a soberania e com o desenvolvimento do Brasil
durante 13 anos de governo popular.
É
ela, essa mesma elite vira-lata quem decide pelo Brasil. Atualmente,
representada por concurseiros da tecnocracia estatal (MP, PF e setores do
Judiciário), respaldados pela Banca (capital financeiro) e pela Rede Globo. A
tal aliança antinacional de que tanto me refiro em meus artigos. E quando estes
decidem por nós, sejam juízes, procuradores, delegados, generais ou qualquer
outro que não tenha se submetido ao voto popular, o que temos, de fato, é o
fascismo.
Daniel
Samam é Músico, Educador e Editor do Blog de Canhota. Está Coordenador do
Núcleo Celso Furtado (PT-RJ) e está membro do diretório zonal (grande Tijuca)
do PT-RJ
https://www.brasil247.com/pt/colunistas/danielsamam/317476/A-solu%C3%A7%C3%A3o-fascista-no-Brasil.htm
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