A
capa catastrófica de O Globo de hoje não é, é claro, obra direta do Dr. Sérgio
Moro e dos rapazes do Paraná.
Mas
é reflexo da soma do declínio dos preços do petróleo – e, em consequência, dos royalties que o
Estado recebe por ele- com a paralisia em que foi colocada a Petrobras e toda a
cadeira de produtos e serviços com ela relacionada em razão da operação Lava
Jato.
Os
estaleiros, antes lotados pelas obras de construção e adaptação de navios
petroleiros, estão às moscas, sem uso e sem trabalhadores. O pouco que resta
são um ou outro reparo de barcos de apoio (cujo número caiu drasticamente) para
as plataformas já instaladas.
O
número de navios-sonda, que chegou a 70 em 2013, hoje é de apenas 28
contratadas, duas fora de operação.
O
Comperj, a imensa refinaria abandonada pela metade em Itaboraí vive na promessa
de ser lançado um novo edital para sua unidade de gás.
Macaé
e Campos, os dois pólos da indústria associada à exploração petroleira
perderam, juntas, mais de 30 mil postos de trabalho.
Matem
a Petrobras e o primeiro a morrer será o Rio de Janeiro.
O
Rio foi roubado em muito, em milhares de vezes mais do que roubaram os ratos
Alberto Youssef, Pedro Barusco e Paulo Roberto Costa, soltos ou por sair das
grades de Curitiba.
É
só olhar os números aí de cima e ver se existe alguma possibilidade de ação do
Estado para mitigar os efeitos da crise.
Ao
contrário.
O
“pacote” de maldades só nos afundará mais.
Fuga
de empresas, evasão de tributos, aumento de preços e uma tonelada e meia de
ações judiciais de resultado, ao que parece, influenciado pelo “alguém tem de
pagar o pato” do que a fúria judicial fez detonar.
Será
pago, sob as bênçãos do grupo que controla o jornal que “se escandaliza” com os
efeitos de tudo para quanto bateu palmas.
http://www.tijolaco.com.br/blog/obrigado-pela-ajuda-dr-sergio-moro/
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