O
tempo urge, mas ainda há sobra para libertar o ex-presidente Lula, figura
fundamental no julgamento que o eleitor fará, em outubro, nas eleições
presidenciais. Este é o julgamento mais importante do que qualquer outro. É a
voz povo. Quem perder perdeu.
Execrado
e odiado pelos golpistas, o petista é o único líder político do Oiapoque ao
Chuí. Mas é também um cidadão brasileiro como todos os outros. É, entretanto,
um preso sem crime.
Lula
apaixonou-se pelo povo. O povo apaixonou-se por Lula. Talvez seja ele o único
político em condições de pacificar o País. Embora um tanto atrasado, o Supremo
Tribunal Federal, com a liberdade dada agora a José Dirceu, abriu um caminho
destinado a acabar com o autoritarismo do juiz Sergio Moro, encoberto até
agora, como se sabe, pela Operação Lava Jato. Tudo feito em conluio com
procuradores e policiais federais.
É
inesquecível a escrachada e covarde viagem da prisão coercitiva de Lula. O
mundo gira. A proposta de libertar Dirceu partiu do ministro Dias Toffoli, que
foi apoiado pelos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Edson Fachin
foi contra.
Recentemente
o ministro Marco Aurélio Mello declarou que a prisão do ex-presidente Lula
viola a Constituição brasileira. “O processo, para mim, não tem capa, tem
unicamente conteúdo”, afirmou o ministro. E explicou: a prisão viola o
princípio da presunção de inocência tratado no artigo 5º da Constituição, que
orienta o trânsito em julgado da sentença. “Eu não concebo (...) tendo em conta
a minha formação jurídica (...) essa espécie de execução”, destacou.
A
trajetória do advogado Edson Fachin é surpreendente diante da trajetória do
ministro do STF. Foi indicado pela presidenta Dilma Rousseff para substituir o
ex-ministro Joaquim Barbosa. Sofreu resistência dos senadores conservadores
pela simples razão de ter defendido a eleição da petista em 2014.
O
PT, Lula e Dilma usaram o dedo errado para escolher os candidatos ao Supremo.
Não para obedecer, e sim para impedir a prevalência conservadora no STF. Nosso
Supremo é uma corte política. Os militares, com a deposição de Jango,
perceberam e cortaram a cabeça de três dissidentes: Victor Nunes Leal, indicado
por Juscelino Kubitschek, e Evandro Lins e Silva e Hermes Lima, indicados por
João Goulart.
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