EUREKA! SÉRGIO MORO SONHA EM SER LULA...

Eu sempre achei que a obsessão do juiz de primeira instância Sérgio Moro por prender LULA, não ficava apenas por conta do concerto do golpe parlamentar/jurídico/midiático que continua sendo aplicado no Brasil com o objetivo de dilapidar seu patrimônio, terminar com sua já combalida soberania e rasgar nossa Constituição Cidadã, escamoteando a dignidade mínima da população brasileira. Eu apenas não conseguia definir se Moro era movido por ódio racial/social ou por inveja.

Pois assistindo ao testemunho do jornalista e escritor Fernando Morais, arrolado pela defesa de LULA no processo que envolve o Sítio de Atibaia, eu cheguei a uma conclusão que julgo ser quase definitiva: MORO, NA VERDADE, QUERIA SER LULA...

Afinal, ele deve ter alguns lampejos milimétricos de cognição e naturalmente, sabe que se hoje é bajulado no seio das elites nacionais e internacionais, isto só vai durar enquanto ele lhes for útil. Depois, naturalmente, deve ter a consciência de que será jogado na lata de lixo, como sói acontecer com todos os idiotais úteis que servem como instrumentos das mais diversas causas espúrias que povoam a história da humanidade.

Pelas atitudes do medíocre julgador, ficou visível que ele não suporta o fato de que LULA, mesmo aprisionado, invisibilizado e amordaçado, continua despertando tanto amor, solidariedade e admiração por um número cada vez maior de pessoas e organismos pelo mundo afora. E cada vez que alguém descreve algum fato que revela esta admiração, ele se irrita e não consegue conter sua ira. Ao contrário do juiz Marcelo Bretas que acabou se rendendo ao brilho do ex-presidente.

Pois é amigos. Moro certamente queria ser LULA, pois sabe que quando cair do frágil pedestal de barro em que foi temporariamente colocado pelas forças golpistas (e isto acontecerá em breve), ele não terá ninguém para lhe prestar apoio e solidariedade, escrever cartas carinhosas ou para lhe gritar BOM DIA, BOA TARDE ou BOA NOITE durante dias a fio.

Restará solitário em algum lugar distante da memória afetiva do povo brasileiro, marcado pelo estigma de ter sido um dos instrumentos utilizados para trazerem para o Brasil uma onda de injustiças e devastação econômica sem precedentes e com o qual será condenado a viver o resto de seus insignificantes dias.

Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS