São
autênticos e reais os áudios em que um energúmeno se comunicou com os pilotos
do monomotor que levou Lula de São Paulo a Curitiba na noite de sábado, 7 de
abril.
O
diálogo começa com uma orientação macabra: “Tá autorizado abrir a porta aí [do
avião], e colocar esse lixo [Lula] pra fora”. A partir daí, seguiu-se o
seguinte diálogo:
[piloto
do avião] – “Atenção os colegas na fonia, vamos tratar só o necessário tá? Que
é meu trabalho aqui, vamos respeitar nosso trabalho. Obrigado”;
[energúmeno]
– “Eu respeito, mas manda esse lixo janela abaixo”;
[controladora
de tráfego aéreo, que interceptou o diálogo] – “Pessoal, a frequência é gravada
e ela pode ser usada contra a gente. Então mantenham a fraseologia padrão na
frequência, por gentileza. Quem tá falando agora é o [inaudível]. Por
gentileza, mantenham a fraseologia padrão”;
Segundo
fontes especializadas consultadas pelo GGN e Revista Fórum, a investigação para
se chegar à identificação do autor da sugestão macabra e homicida seria muito
simples: “Na imagem [do áudio gravado], aparecem duas numerações: a primeira é
a que indica a origem da Torre de Controle aonde foi trocada a conversa. O
número 118.900 indica a Torre do Aeroporto de Bacacheri, em Curitiba, Paraná. A
lista das frequências da aviação pode ser encontrada em diversos sites e blogs
na internet”.
Em
nota oficial, a FAB afirmou simplesmente que “podemos afirmar que as
referências ao ex-presidente não foram emitidas por controladores de voo”,
porém a FAB não se esforçou em identificar o verdadeiro autor desta barbaridade
– inclusive para comprovar que não foi um ato insano cometido por um
controlador de vôo da FAB.
O
GGN revelou ainda que “a própria FAB admitiu que um dos diálogos gravados foi
feito desde essa Torre situada no município de Curitiba. Para saber se o autor
das declarações partiu de uma Torre de Controle, bastaria à FAB recuperar a
comunicação entre o piloto e o controlador, na íntegra, e comparar a voz do
funcionário que passava as orientações do tráfego, antes da ameaça, além de acessar
o próprio registro da Torre, com o funcionário responsável por se comunicar com
aquela aeronave no dia 7 de abril”.
É
inescapável pensar na associação entre este vôo da morte do Lula e os vôos da
morte da ditadura argentina, que macabramente “desovavam” presos políticos de
aviões – “inimigos” da ditadura e da continental Operação Condor – no Oceano
Atlântico e no Mar del Plata.
Decorridos
30 dias do atentado fatal que assassinou Marielle Franco e Anderson Gomes; e
passadas 2 semanas do atentado a tiros contra a caravana do Lula no Paraná, os
órgãos policiais da ditadura Globo-Lava Jato ainda não avançaram 1 milímetro
sequer nas investigações para revelar os autores de tais atos terroristas.
Por
outro lado, entretanto, estes mesmos órgãos da polícia política do regime
fascista já “identificaram” os autores do protesto na residência da Carmem
Lúcia em Belo Horizonte – são os integrantes do MST e do Levante Popular da
Juventude, que nunca esconderam suas identidades – porque agem à luz do dia – e
assumiram desde sempre a autoria do protesto pacífico e sem riscos à vida até
mesmo de uma cucaracha.
O
fascismo começa primeiro aniquilando os inimigos. E então os fascistas celebram
com happys hours, cervejadas e piadas infames.
O
problema é que depois, quando o fascismo ganha vida própria e foge ao controle,
ele aniquila os próprios fascistas que propagam o ódio, a violência e a
intolerância. E aí, então, pode ser tarde.
A
ditadura Globo-Lava Jato será vítima da violência, da intolerância e do ódio
que ela própria propaga. A ditadura Globo-Lava Jato experimentará do próprio
veneno que infunde contra seus inimigos – Lula e o PT.
https://jefersonmiola.wordpress.com/2018/04/09/voo-da-morte-com-lula-a-face-macabra-da-ditadura-globo-lava-jato/
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