O
Brasil está fazendo com os negros a mesma coisa que a Alemanha nazista fez com
os judeus.
Primeiro,
a segregação. Depois, o extermínio.
Havia
então uma clara questão racial: aos olhos dos nazistas os judeus eram
"inferiores" porque não eram brancos puros, como eles.
Os
judeus são morenos.
Tal
como os alemães em 1934 achavam normal judeus serem obrigados a usar uma
estrela de seis pontas para identifica-los e não se importavam com
espancamentos, linchamentos e ataques a propriedades de judeus, os brasileiros
brancos não se impressionam com insultos ou violência contra negros, seja de
cidadãos comuns ou policiais.
Acham
normal.
"Ah,
se o negro tomou tiro da polícia foi porque fez alguma coisa errada" é o
primeiro pensamento que vêm à cabeça do branco.
Por
razões óbvias, não foi preciso obrigar os negros a usarem uma estrela de seis
pontas, é fácil identificá-los.
Tal
como os judeus foram segregados em guetos, os negros são segregados em favelas.
E para deixar clara a segregação em cidades como o Rio de Janeiro, o cartão
postal do país, as favelas foram cercadas e ocupadas pela Polícia Militar.
A
questão negra nunca foi discutida e muito menos solucionada, ao contrário,
torna-se cada vez mais grave e a situação atual já pode ser classificada de
genocídio.
Há
quem diga que o Brasil vive um apartheid velado.
Não
por acaso há muito mais desempregados negros do que brancos.
Não
por acaso muito mais jovens negros são assassinados pela polícia.
Não
por acaso há muito mais negros do que brancos nos presídios.
A
ponta do iceberg são os insultos que surgem de vez em quando num campo de
futebol ou em bocas tais como as de William Waack, Cesar Benjamin, Laerte
Rímoli que não percebem que ajudam a disseminar o ódio.
Pessoas
como Bolsonaro, como Wagner Montes, como tantos outros que consagraram a frase
"bandido bom é bandido morto" querem dizer, na verdade, "negro
bom é negro morto".
Mas
não podem exprimir em palavras esse pensamento homicida.
A
justificativa dos brancos para ódio contra os negros é que há muitos bandidos
negros. E há mesmo. E não poderia ser de outra feita dada a segregação que
sofreram desde a data da abolição a 13 de maio de 1888.
Não
houve abolição de verdade.
O
que houve foi uma espécie de demissão coletiva sem direito a nenhuma
indenização.
"Vocês
estão livres, podem ir embora" disseram-lhes seus senhores, em vez de
passarem a pagar salários e mantê-los em suas propriedades.
E
assim, sem dinheiro, sem roupa, sem comida, milhões de negros e negras,
crianças, jovens e velhos foram jogados na rua e que se virassem!
O
que se pode fazer nessas circunstâncias? Pedir emprego na cidade? Mas será que
havia emprego para negros? Roubar? Assaltar? Prostituir-se? O que fazer para
matar a fome, dormir sob um teto, sobreviver?
Negros
se tornaram bandidos, negras se tornaram prostitutas porque não conseguiriam
sobreviver de outra maneira.
Nem
o estado nem os cidadãos brasileiros jamais consideraram sequer que isso era um
problema. Os negros não queriam liberdade? Pois lhes demos. O que querem mais?
O
ódio contra o PT – primeiro partido no poder que lançou o olhar sobre o
problema dos negros – que a classe média propaga deve-se muito às quotas que os
presidentes Lula e Dilma estabeleceram para eles.
Os
brancos (imbecis) subiram nas tamancas. Chamaram de privilégio e injustiça!
Você
passa 388 anos explorando, maltratando e segregando e quando um presidente da
República faz o mínimo, propõe quotas para negros em universidades para lhes
dar oportunidade de vida melhor isso é taxado de privilégio!
Tal
como os alemães, que não perceberam os talentos, gênios e ótimos trabalhadores
que a Alemanha perdeu ao perseguir e tentar exterminar os judeus, os
brasileiros não percebem o que eles mesmos estão perdendo ao segregar os negros
– ou só perceberam em parte porque se o futebol brasileiro os segregasse (como
segregou no início do século XX) não seríamos os melhores do mundo em alguma
coisa.
Não
podemos nos esquecer: somos os melhores do mundo em alguma coisa devido aos
grandes futebolistas negros.
Somos
reconhecidos em todo o planeta porque Pelé é brasileiro.
Graças
à visão pouco esclarecida da imprensa, temos impressão de que a guerra que se
trava no Brasil é esquerda versus direita. PT versus Temer.
Não,
senhores. Há uma guerra muito maior em curso, muito mais letal, entre brancos e
negros que tende a se intensificar se a sociedade não perceber a tempo que ela
existe e faz mal não apenas às suas vítimas, mas a todos nós, porque ao
segregar os negros o Brasil se condena a não prosperar.
Os
nazistas não conseguiram exterminar os judeus.
Os
bolsonaros não vão exterminar os negros.
Quanto
antes essa guerra terminar mais ricos e felizes seremos todos nós.
https://www.brasil247.com/pt/blog/alex_solnik/328837/Brasil-faz-com-negros-o-que-Alemanha-fez-com-judeus.htm
Um comentário:
Sem esquecer que IsraHell se ocupa diariamente no extermínio do povo Palestino!
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