A
reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017) foi aprovada em julho e sancionada
pelo presidente golpista Michel Temer. Ela será aplicada em menos de quatro
meses, no dia 13 de novembro.
Entre
as medidas mais duras para os trabalhadores está a chance de negociar, de forma
coletiva ou individual, em patamares abaixo do que garante a lei. Foi também
criada uma série de problemas para que trabalhadores não consigam reparação na
Justiça do Trabalho caso seus direitos sejam violados.
Pisos
salariais rompidos e jornadas de trabalho fracionadas também serão comuns. Na
história das leis brasileiras, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) já
passou por dois momentos de retirada de direitos: um com o golpe militar de
1964 e outro nos anos 1990. A atual reforma é o terceiro e mais grave momento
de enfraquecimento da proteção legal aos trabalhadores.
É
preciso revogar esta reforma. No dia 1º de agosto, terça-feira, foi apresentado
um projeto de lei no Senado com este objetivo. Mas sem pressão popular não
conseguiremos reverter este quadro desastroso. Assim mesmo, é preciso organizar
no dia a dia os colegas nos locais de trabalho, fortalecer a participação nos
sindicatos e dizer não aos abusos dos empresários. Na crise, eles buscam
reduzir salários e retirar direitos.
https://www.brasildefato.com.br/2017/08/03/editorial-or-reforma-trabalhista-aprovada-o-que-os-trabalhadores-devem-fazer/
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