O
advogado de Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, divulgou na
noite de quarta-feira (12) uma nota na qual volta a afirmar que há um “esforço
midiático” para “manchar” a imagem do ex-presidente. Embora a imprensa tenha
dado destaque a Lula na maioria das manchetes sobre as delações que o
Ministério Público Federal negociou com executivos da Odebrecht, “o que emergiu
das delações foi a inocência” do petista, afirma a nota.
O
defensor destaca o fato de que, além de estar mais uma vez demonstrado que Lula
não praticou nenhum crime, “o vazamento ilegal e sensacionalista das delações,
nos trechos a ele referentes, apenas reforça o objetivo espúrio pretendido
pelos agentes envolvidos de comprometer sua reputação”.
Zanin
menciona a data de 4 de março de 2016, quando Lula foi levado sob condução
coercitiva sob ordem do juiz Sérgio Moro, como o início das “sucessivas
ilegalidades e arbitrariedades praticadas no âmbito da Operação Lava Jato”.
O
advogado menciona práticas como buscas e apreensões, interceptações telefônicas
de conversas privadas, divulgação do material obtido (como no diálogo com Dilma
Rousseff) e levantamento dos sigilos bancário e fiscal como exemplos de
ilegalidades.
“A
despeito de não haver provas, o ex-presidente foi formalmente acusado, apenas
com base em ‘convicções'”, reforça Zanin Martins, em referência à frase do
procurador Roberson Henrique Pozzobom, que afirmou, em setembro de 2016, sobre
as investigações sobre Lula:”Não temos como provar, mas temos convicção”. A
frase acabou viralizando e virando piada nas redes sociais.
“Ao
final dessa nova onda, o que sobrará é o mesmo desfecho melancólico vivido pelo
senador cassado Delcídio do Amaral: caíram por terra suas teses. Delcídio
aceitou acusar o ex-presidente em troca da sua liberdade e depois foi
desmentido por testemunhas ouvidas em juízo, quando então não podiam mentir”,
conclui o advogado de Lula.
Da RBA
Foto: PT/MG
Editoria:
Política
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