Os
“bons tempos” voltaram.
O
Fundo Monetário Internacional, como na era FHC, sente-se à vontade para ditar o
que o Brasil deve fazer.
Hoje,
divulgou documento dizendo que é que é
“imperativo” que o Brasil aprove a reforma da previdência para restabelecer a
sustentabilidade fiscal do país, noticia a Folha.
Não
é “imperativo” que haja justiça social.
Não
é imperativo que haja proteção e dignidade na velhice.
Não
é imperativo que haja equilíbrio fiscal para fazermos investimentos
estruturais, não é imperativo que tenhamos mais energia, mais capacidade de
explorar nosso petróleo recém descoberto, não é imperativo que possamos ampliar nossa presença econômica no mundo, nada
disso.
Segundo
o FMI, nós e nossos companheiro de desgraçada sina na América Latina, temos é
“perigo”, segundo Alejandro Werner, diretor do Departamento de Hemisfério
Ocidental do FMI.
O
nosso “gerente” Alejandro Werner, diretor do Departamento de Hemisfério
Ocidental do FMI as eleições previstas para “os países da América Latina nos
próximos dois anos -Brasil, Chile, Paraguai, Colômbia, México e Argentina
(legislativas)- pode gerar incertezas na região e, assim, atrasos na
recuperação dos países”.
Quem
sabe o retorno ao abjeto “populismo” que privilegia o mercado interno, a
produção, a renda, o consumo?
Que
o FMI dê palpite sobre os países que lhe têm dívidas – com todas as ressalvas
que se possam fazer, ainda há a lógica do dinheiro devido, a do credor.
Mas
nós devemos estar, portanto, pior do que a Grécia, quando a “troika” – além do
FMI, o Banco Central Europeu e a Comissão da União Europeia dizima tudo o que o
país deveria fazer.
Ao
menos, lá, eles lhe deviam os tubos.
Porque,
recorde-se, o “gastador” governo Lula não só saldou todos os débitos como ainda
emprestou dinheiro à instituição.
O
curioso é que, se houvesse rigor técnico no FMI para além de seu interesse
explícito de defender a manutenção de um governo dócil aos interesses do
capital estrangeiro, a esta altura veira que a reforma previdenciária, do ponto
de vista da contas públicas e de sua sustentabilidade, tornou-se um farrapo e,
ainda assim, de aceitação duvidosa.
http://www.tijolaco.com.br/blog/o-fmi-no-poder-degola-da-previdencia-e-imperativa/
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