"A
narrativa de Paulo Gordilho, ex-diretor técnico da OAS Empreendimentos, de que
soube em 2011 que a unidade 164-A do Condomínio Solaris, no Guarujá, havia sido
reservada para o ex-Presidente Luiz Inacio Lula da Silva ficou isolada e sem
nenhuma evidência após ele reconhecer, em respostas a perguntas da defesa, que
não tinha qualquer conhecimento ou atuação na área de vendas da empresa",
afirma o advogado Cristiano Zanin Martins, sobre o réu que foi ouvido nesta
quarta-feira 26 em Curitiba
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- O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula, afirmou
em nota que a narrativa de Paulo Gordilho, ex-diretor técnico da OAS
Empreendimentos, de que soube em 2011 que a unidade 164-A do Condomínio
Solaris, no Guarujá, havia sido reservada para o ex-presidente "ficou
isolada e sem nenhuma evidência após ele reconhecer, em respostas a perguntas
da defesa, que não tinha qualquer conhecimento ou atuação na área de vendas da
empresa".
Martins
se refere ao depoimento prestado pelo réu nesta quarta-feira 26 em Curitiba.
Ele ressalta também que "a declaração também destoa não apenas das 73
testemunhas que o antecederam nos depoimentos sobre o caso triplex - entre eles
funcionários da companhia -, mas também do que afirmou Fábio Yonamine,
ex-presidente da mesma OAS Empreendimentos", que também foi ouvido nesta
quarta.
Confira a
íntegra da nota da defesa:
Nota
A
narrativa de Paulo Gordilho, ex-diretor técnico da OAS Empreendimentos, de que
soube em 2011 que a unidade 164-A do Condomínio Solaris, no Guarujá, havia sido
reservada para o ex-Presidente Luiz Inacio Lula da Silva ficou isolada e sem
nenhuma evidência após ele reconhecer, em respostas a perguntas da defesa, que
não tinha qualquer conhecimento ou atuação na área de vendas da empresa.
A
declaração também destoa não apenas das 73 testemunhas que o antecederam nos
depoimentos sobre o caso triplex - entre eles funcionários da companhia -, mas
também do que afirmou Fábio Yonamine, ex-presidente da mesma OAS
Empreendimentos. Gordilho e Yonamini foram ouvidos hoje em Curitiba e também
são réus na ação penal.
Subordinado
a Leo Pinheiro, Yonamine foi categórico ao dizer que a área financeira da OAS
Empreendimentos não tinha conhecimento de reserva de qualquer unidade para o
ex-Presidente - que nunca nenhum pedido lhe foi feito por Pinheiro nesse sentido
- e que a unidade 164-A sempre integrou o estoque da empresa, ou seja, era e
continua sendo um ativo da OAS. A mesma informação havia sido prestada em
depoimento por Igor Pontes e Mariuza Marques, ambos também da OAS
Empreendimentos. Pontes, foi ouvido no processo como testemunha, com obrigação
de dizer a verdade, e reforçou, em seu depoimento, que a reforma era "para
melhorar a unidade, já que era muito simples, com o intuito de facilitar o
interesse de Lula pelo apartamento".
O
pedido de reforma do triplex foi feito a Yonamine por Pinheiro, que pediu
igualmente que ele organizasse uma visita à unidade para Lula e D.Marisa
Letícia, o que ocorreu em fevereiro de 2014. Afirmou que essa visita foi uma
apresentação do apartamento e das áreas comuns do prédio e que o ex-Presidente
e sua esposa não pediram nenhuma alteração no imóvel, mas fizeram apenas
observações em relação ao local. Yonamine disse que a reforma feita pela OAS no
imóvel de propriedade da empresa foi realizada com recursos próprios e lícitos,
sem qualquer relação com a Petrobras.
Quanto
às melhorias feitas no sítio de Atibaia, de propriedade de Fernando Bittar,
registra-se que o próprio Gordilho reconheceu ter estado com ele na propriedade
e que era Bittar quem sempre tratou com a OAS sobre o imóvel.
Cristiano
Zanin Martins
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/292455/Ex-diretor-da-OAS-confirma-defesa-de-Lula-diz-advogado.htm
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