Cadê
o povo nas ruas pedindo a saída de Temer?
Sem
gente — muita gente — nas ruas, o ‘Fora Temer’ vai ser igual ao ‘Não Vai Ter
Golpe: o triunfo da esperança sobre a experiência, para usar a grande sentença
do frasista francês La Rochefoucald.
Paulo
Henrique Amorim postou isso hoje no Twitter, e ele não poderia estar mais
certo.
O
Carnaval trouxe esperança de que as ruas enxotariam Temer. Que aquela esperança
não se transforme em ilusão ou, pior, desilusão.
Um
bom exemplo de continuidade nos protestos é o que Guilherme Boulos e o MTST vêm
fazendo na Paulista. Mas esta é uma gota quando o necessário é uma tempestade.
As
redes sociais, é verdade, continuam em efervescência nas manifestações contra o
governo. Mas é preciso mais que isso. O protesto virtual é muito, mas sem as
ruas vira quase nada.
Com
a bunda na cadeira não se derruba um presidente, ainda que ele esteja quase
caindo sozinho. Robespierre disse que não se faz uma revolução sem pisar na
grama. Também não se muda nada à base somente de posts no Twitter e no
Facebook.
O
governo Temer é um morto que caminha. Cabe às ruas fazer o morto se recolher ao
cemitério.
Ruas,
ruas e ainda ruas. Essa é a receita vital, insubstituível para o Brasil se
livrar de uma das mais tenebrosas ações de sua plutocracia ao longo de toda a
história: a invenção de Temer como presidente — o decorativo, incapaz,
traiçoeiro Temer.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-governo-temer-e-um-morto-que-caminha-cabe-as-ruas-fazer-o-morto-se-recolher-ao-cemiterio-por-paulo-nogueira/
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