O
sistema sempre tenta nos transformar em carneirinhos mansos, dóceis, obedientes
e resignados até mesmo no momento do abate. Eu sempre resisti a tal manobra e,
embora em muitos momentos, por questões de sobrevivência, eu tenha fingido que
isto estava funcionando, ao final, emergia de dentro de mim o lobo que sempre
fui.
Às
vezes em bando, às vezes solitário, mas sempre lobo, utilizando-me para tanto a
mistura característica de tais animais que são a astúcia e a adaptabilidade a
qualquer ambiente. E isto evidentemente me proporcionou a capacidade de
sobreviver mesmo em circunstâncias adversas.
Entre
ser acorrentado aos padrões e vagar livre e abrir minhas próprias trilhas, eu
escolhi a segunda opção. E é justamente em virtude deste meu amor incondicional
à liberdade, que eu prefiro o uivo dos lobos ao balido das ovelhas.
Jorge
André Irion Jobim
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