Na
defesa do ex-ministro Antonio Palocci, o renomado advogado José Roberto
Batochio botou o Imparcial de Curitiba no seu devido lugar.
Batochio,
com Zanin, participa da defesa de Lula na ONU, quando a parcialidade de Moro
será devidamente reconhecida, em âmbito mundial.
Cristiano
Zanin Martins foi o outro advogado que questionou a “imparcialidade” de Moro,
nesse notável episódio.
Leia
a íntegra da surra que Batochio dá em Moro:
Moro:
Tem uma frase, ali no item 6: ‘Mencionou, em referência ao diretor [Renato]
Duque, que tem compromisso com o PT de ficar no cargo de diretor até solucionar
a contratação dessas 21 sondas.’ O que o senhor entendeu com essa afirmação? O
senhor sabe explicar?
Testemunha:
Meritíssimo, eu entendi o que está escrito aqui.
Advogado:
“Pela ordem, Excelência, as testemunhas depõem sobre fatos, não sobre o que ela
acha ou entende. (…) que fique impugnada a pergunta de Vossa Excelência. E já
acrescento: o fato de que o ministro, em algumas respostas de Vossa Excelência,
a testemunha diz que por ouvir dizer soube que o ‘Italiano’ era o Palocci, essa
defesa insiste no direito de fazer esta pergunta novamente à testemunha (sic)”.
Moro:
“Certo, como ele é destinatário do e-mail, a pergunta é pertinente. Então eu
reitero a pergunta e depois que eu terminar, eu passo a palavra (…)
Advogado:
“Com o devido respeito, Excelência, testemunha não pode achar nada, a não ser
que haja outro Código de Processo Penal. Porque, de acordo com o Código de
Processo Penal brasileiro, a testemunha depõe sobre fatos e não opina, de modo
que eu não vou aceitar essa violência contra a letra do Código de Processo
Penal, com o devido respeito”
Moro:
Tá bom, doutor. Sua questão já foi indeferida. Então, eu reitero a pergunta
para a testemunha. A testemunha tem conhecimento dos fatos, já que é
destinatária da mensagem. Se ela não souber, ela pode dizer que não sabe.
Advogado:
Mas ela não pode achar, Excelência.
Moro:
Doutor! A sua questão está indeferida, doutor!
Advogado:
A defesa adverte a testemunha de que ela está proibida de depor sobre o que ela
acha. A lei impõe que ela deponha sobre fatos.
Moro:
Doutor, o doutor faça concurso para juiz e assuma a condução da audiência, mas,
quem manda na audiência é o juiz.
Advogado:
Vossa Excelência preste exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Cada um aqui
cumpre o seu papel, tá certo?
Moro:
Sua questão está indeferida, doutor, eu estou perguntando à testemunha. O que o
senhor entendeu com essa mensagem, o que o senhor sabia sobre esses fatos?
Testemunha:
Olha, eu simplesmente li o que está escrito aqui, mas eu não tinha nenhuma
opinião formada. Isso aqui é uma informação que ele colocou. Eu não tinha
nenhuma relação com o Duque nem com o PT para saber se o cara ia ficar lá ou
não, Meritíssimo. Simplesmente li o que está escrito.
http://www.plantaobrasil.net/news.asp?nID=96937&po=s
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