Na
próxima terça-feira (14) será instalada a primeira sessão da Comissão Especial
da Câmara Federal para analisar a proposta de contrarreforma da Previdência
Social. O covil golpista de Michel Temer já explicitou que tem pressa na
aprovação do projeto, que eleva o tempo de aposentadoria para 65 anos, aumenta
as contribuições previdenciárias e penaliza duramente as mulheres e os
trabalhadores rurais. Rodrigo Maia, o demo acusado de receber R$ 1 milhão em
propina da Odebrecht, garante que a PEC será aprovada ainda neste primeiro
semestre. Ou seja: a guerra está declarada! As centrais sindicais, inclusive as
que apoiaram o "golpe dos corruptos", estão convocando as suas lideranças
para ocupar a Câmara Federal na próxima semana.
Até
o deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, está indignado com a
contrarreforma de Michel Temer. "O futuro das aposentadorias de todos os
brasileiros está em jogo e será preciso muito mobilização para não perdemos
essa verdadeira guerra. Os representantes dos trabalhadores precisam estar
dentro do Congresso, lotar a sala da Comissão Especial, aplaudir, vaiar, enfim,
se manifestar, para mostrar que a proposta do governo é inaceitável",
conclama. O parlamentar inclusive apresentou uma "proposta
alternativa" ao seu antigo aliado, mas o Judas Michel Temer já explicitou
que fará a reforma dos sonhos dos patrões, os verdadeiros donos do covil
golpista.
Rolo
compressor na Câmara Federal
Prova
deste intento foi dada com as próprias indicações do presidente e relator da
comissão especial – os deputados Carlos Marun (PMDB-MS) e Artur Maia (PPS-BA),
inimigos dos trabalhadores. Como aponta a jornalista Hylda Cavalcanti, da Rede
Brasil Atual, a guerra promete ser sangrenta. "Depois de muita confusão, a
comissão especial mista que vai apreciar a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 287, referente à reforma da Previdência, foi instalada na quinta-feira
(9) e, poucos minutos depois, já deu início aos trabalhos. Os deputados
contestaram a forma de indicação do presidente da comissão, questionaram a
isenção do relator e a quebra do regimento interno com manobras dos governistas
para manter o controle do colegiado".
"O
deputado Carlos Marun teve 22 votos e presidirá a comissão. Disputaram o cargo
com ele Pepe Vargas (PT-RS), que recebeu oito votos, e Major Olímpio (SD-SP),
com quatro. A oposição questionou o fato de Marun ter sido indicado pelo
presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sem que fossem levadas em conta
questões como a proporcionalidade de cada bancada. Marun é conhecido pela
defesa de posturas conservadoras na Casa, por ser ligado ao deputado cassado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e por ter apoiado o impeachment da ex-presidenta Dilma
Rousseff".
"O
relator da PEC é Arthur Maia (PPS-BA). O deputado foi alvo de recurso
apresentado pela bancada do Psol, de autoria do deputado Ivan Valente, que
questionou a sua isenção para relatar uma matéria sobre o tema, por ter
recebido financiamento de campanha de empresas e bancos relacionados ao setor
de previdência privada. 'O que faz com que, declaradamente, ele não tenha
condições de ocupar a relatoria, já que estas empresas possuem interesse na
mudança das regras previdenciárias'". Entre as corporações que financiaram
o deputado se encontra a Bradesco Vida e Previdência – que fez doações de R$
300 mil para a sua campanha em 2014. Segundo matéria do UOL, Artur Maia também
recebeu grana do Itaú Unibanco (R$ 100 mil), Safra (R$ 30 mil) e Santander (R$
100 mil) – instituições financeiras que negociam planos de previdência privada.
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2017/02/comeca-guerra-contra-golpe-na.html
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