A
matéria do Estadão é claríssima, melhor que desenhar.
Chamar
só empresas estrangeiras para uma das raríssimas obras pesadas no Brasil da
recessão, do desemprego e da crise não é, exceto para alguns imbecis, uma
medida moralizante.
Ou
será que, sob nova direção e com uma tonelada de caríssimos instrumentos de
“compliance” e auditoria a Petrobras está cheia de Paulos Roberto Costa de boca
aberta para roubar.
Conceda-se
à camada de dirigentes colocada por Michel Temer este benefício – em alguns
casos, duvidoso.
Eles
não são capazes de controlar projetos, custos e pagamentos?
Ou
os empreiteiros estrangeiros são intrinsecamente honestos e aquelas história
todas que lemos sobre a Halliburton e outras são “mentirinhas”?
Então
porque todas as 30 empresas convidadas a participar da licitação de uma das
mais importantes unidades – a de gás – do Cppmplexo Petroquímico do Rio de
Janeiro, o Comperj são
estrangeiras? Americanos, alemães,
chineses, australianos e outros são “povos escolhidos” e não há ladrões entre
eles?
Porque
se não falta capacitação técnica entre os engenheiros brasileiros, porque
chamar os “místeres”?
Quem
roubou nas empreiteiras foram seus dirigentes e quem roubou na Petrobras foram
dirigentes – e a maioria funcionários de carreira guindados a postos de direção
– e seria insano dizer que elas não podem executar, sob rígidos controles, as
obras que serão entregues aos estrangeiros.
Nem
mesmo a sugestão da Associação dos Engenheiros da própria Petrobras, de dividir
a obra em lotes menores, para que outras empresas, sem porte gigantesco, a
pudessem realizar.
Não
é insano, é traição. É coisa que gente que vai roubar, de outra forma: roubar
recursos ao Brasil, roubar empregos a projetistas e engenheiros que serão
contratados lá fora, roubar conhecimentos técnicos estratégicos desenvolvidos
pela companhia. Isso se não chegarem a importar simples técnicos, porque boa
parte delas nem escritório têm no Brasil.
São
os frutos envenenados de Moro e sua Lava Jato: em nome da moralidade pratica-se
a imoralidade da traição nacional.
Nem
mesmo a ditadura militar fez isso à Petrobras.
Outro
dia publiquei aqui um artigo do Mauro Santayana, divulgado pelo Clube de
Engenharia sobre a morte da engenharia brasileira.
Não
é simples morte. É assassinato.
http://www.tijolaco.com.br/blog/nao-e-para-moralizar-e-para-entregar-o-brasil/
Nenhum comentário:
Postar um comentário