Cristiano
Zanin, líder por osmose ou a nova cara da esquerda brasileira?
“A
luta por justiça vai unir a esquerda no Brasil”. Voltei para Estocolmo com esta
certeza na cabeça, após participar do “Primeiro Encontro Internacional Pela
Democracia e Contra o Golpe”, realizado em Amsterdã, entre 27 e 29 deste mês,
do qual fui um dos organizadores.
É
unânime, graças ao empenho de Dr. Zanin e sua equipe, a consciência de que o
“combate à corrupção” tão propalado pela mídia do golpe foi uma campanha de
corruptos contra uma mulher honesta, Dilma Rousseff, mas que tinha Lula como o
alvo principal.
No
sentido oposto da parcialidade está o verdadeiro desafio, incorporado pelo
jovem advogado de 41 anos de idade, de lutar por um tratamento igual perante a
lei para todos os cidadãos. Proposta imediatamente acolhida pelos brasileiros
no encontro em terras holandesas.
Cristiano
Zanin é a quebra do estereótipo imposto pela elite à ala progressista
brasileira de que somos “pão com mortadela” ou que somos desprovidos de gostos
próprios. Com uma voz clerical consegue convencer mais do que o grito do
ativista tradicional.
Dr.
Cristiano Zanin precisa ser visto hoje por todos os esquerdistas, praticantes
ou não, como a cara moderna da esquerda brasileira, uma esquerda que erradicou
a fome e que clama por justiça. É assim a esquerda nos países mais ricos, como
aqui na Suécia, outros nórdicos e na própria Holanda, onde o encontrei
pessoalmente após inúmeros contatos via redes sociais.
Bem
vestido, cabelo impecável, com uma postura visivelmente apaziguadora, este
advogado parece receber por osmose do seu cliente, Lula, a capacidade de
exercer a liderança e de conversar e convencer. Mas pode ser algo além disso,
como ficou claro na sua fala, transmitida aqui no Cafezinho, onde a exposição
que fez sobre o “lawfare” encantou a todos.
Dr.
Zanin é a cara da elite de um país que se respeita. Uma elite que respeita e
reconhece os valores humanos e zela por eles. A cara do Brasil que foi
construído a partir do seu cliente, onde o rico ficou mais rico, mas o pobre
passou a ser visto como gente e não apenas como dados estatísticos.
A
elite brasileira é incapaz de perceber que luta contra ela mesma. Prefere a
vida artificial dentro dos gigantes muros e cercas elétricas e ignora a simples
realidade de que a redução da desigualdade é a mais eficiente ferramenta de
construção de uma sociedade sadia.
Dr.
Zanin é na mesma pessoa a justiça e a elite que o Brasil merece. Respeita as
leis, respeita o ser humano e luta por um Brasil mais justo para todos. Na
brilhante apresentação que fez em Amsterdã, deixou os cem participantes do
evento atentos a cada palavra, do início ao fim da sua fala.
O
momento é de lutarmos por justiça. Os ataques sucessivos a Lula, mesmo que gere
neste momento um efeito eleitoral contrário, devem ser denunciados como abusos.
Se um ex-presidente é massacrado desta forma, com o apoio da mídia, como será
tratado você, um cidadão comum?
Se
o ódio de classes cresceu com o suporte da palavra “corrupção”, nada melhor do
que falarmos em “justiça” para que possamos enfrentar com seriedade a
verdadeira corrupção e iniciarmos juntos a reconstrução do Brasil e o resgate
democrático.
Longe
de ser janota, Cristiano Zanin é um convite a um banquete generoso para todos,
como símbolo de que a redução das desigualdades passa também pelo respeito
entre as classes ricas e pobres e que todos são dignos de uma justiça
imparcial.
Por Wellington Calasans,
correspondente internacional do Cafezinho
http://www.ocafezinho.com/2017/01/31/luta-por-uma-justica-imparcial-pode-unir-esquerda-brasileira/
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