É
impressionante a capacidade de Michel Temer de se meter em uma crise por dia.
Vá
lá, concedo, pode ser que não haja outra no final de semana, embora no passado
ele tenha passado pelo desgaste “Dadá Maravilha” – fiz que ia, não fui, acabei
fondo” – com a história do não ir ao velório das vítimas do desastre do avião
da Chapecoense.
Mas
quando tudo parecia encaminhado, com o arreglo do Supremo Tribunal Federal à
permanência de Renan Calheiros na presidência do Senado, ao menos até a votação
da PEC dos Cortes, que caminha como um
bólido, eis que surge outro embrulho.
A
arraia-miúda do Centrão, os viúvos de Cunha, não aceitam a entrega do Governo á
dupla Aécio-FHC e peitaram um presidente da República que, como já se disse
aqui mais cedo, não tem forças próprias, mas apenas exércitos mercenários de
diversas naturezas.
E
Temer, como sempre, tremeu na sua própria falta de solidez, que deriva, claro,
de sua ilegitimidade.
Está
convencido de que pode “cozinhar” o descontentamento.
Talvez
se esqueça de que há outro descontentamento
que cozinha em outras panelas: o de seu próprio desgaste.
A
situação de Temer, que é ruim hoje, será pior amanha e pior ainda quando 2017
começar a funcionar sem recuperação da economia.
E
quando ele, que era, para a mídia e para o setor empresarial-financeiro, a
esperança de um recuperação rápida passar a ser sinônimo de uma desgraça
prolongada.
Quanto
mais ficar claro que Temer é a própria crise.
http://www.tijolaco.com.br/blog/temer-nao-passa-um-dia-sem-crise-porque-temer-e-crise/
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