As
cenas de Aécio e Moro confabulando animadamente acabaram roubando (sic),
compreensivelmente, o protagonismo da festa da Istoé dos “Brasileiros do Ano”.
O
megadelatado na Lava Jato, porém, não era o único enrolado na Justiça. A noite
era um verdadeiro quem é quem da propinocracia — como gosta Dallagnol —
brasileira.
Fazia
sentido um magistrado estar presente no meio de tanta gente diferenciada?
Segundo
o Código de Ética da Magistratura, o juiz “deve comportar-se na vida privada de
modo a dignificar a função, cônscio de que o exercício da atividade
jurisdicional impõe restrições e exigências pessoais distintas das acometidas
aos cidadãos em geral”.
À
exceção de Henrique Meirelles, a totalidade dos políticos que estavam na
chamada tribuna de honra (duas fileiras de cadeiras no palco), está com a barra
suja, citada na operação comandada pelos homens de Curitiba, principalmente.
Michel
Temer, o grande homenageado, é acusado por Marcelo Odebrecht de ter recebido 10
milhões de reais em dinheiro de caixa dois para financiar o PMDB, que também
apontou que seu braço direito Eliseu Padilha, da Casa Civil, ficou com 4 milhões (Padilha ficou em casa).
Executivos
da empreiteira afirmam que o chanceler José Serra, um dos mais animados da
festança, com seu charme transilvânio, teria levado 23 milhões de reais via
caixa dois, entregues na Suíça.
Leonardo
Picciani, ministro do Esporte, está envolvido numa denúncia uma funcionária da
Carioca Engenharia, que teria pago propinas à uma empresa dele e de sua família
apelando para “vacas superfaturadas”.
Roberto
Freire, substituto de Marcelo Calero na pasta da Cultura, é uma das estrelas da
famosa lista de propinas da Odebrecht surgida em março. Freire aparece como
tendo embolsado 500 mil reais em 2012, ano em que não disputou as eleições.
O
tucano Bruno Araújo, ministro da Cidades, aparecia nas planilhas do
departamento de propina.
Araújo,
que ficou famoso por ter dado o voto 342
na sessão do impeachment de Dilma na Câmara, condecorou o diretor da Odebrecht
Claudio Melo Filho, um dos principais delatores, com a Medalha do Mérito
Legislativo em novembro de 2012.
Melo
confirmou os repasses a ele.
Definitivamente,
Ludmila, Grazi Massafera e Isaquias Queiroz não mereciam estar em tão má
companhia.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/nao-era-so-aecio-a-festa-da-istoe-reuniu-moro-a-uma-selecao-de-politicos-barra-suja-por-kiko-nogueira/
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