Numa
entrevista ao DCM, o advogado e professor de direito Pedro Serrano disse que o
objetivo da perseguição a Lula é promover sua “morte simbólica”.
Isso
leva a uma questão: qual seria a real situação de Lula nas pesquisas se ele não
sofresse os constantes bombardeios que a mídia e a justiça lhe impõem?
A
cada levantamento, Lula aparece mais distante dos adversários na corrida
presidencial para 2018. É quase como se tivéssemos um candidato adulto contra
um punhado de candidatos mirins.
Aécio?
Marina? Alckmin? Serra? Temer? Todos somados parecem não dar um Lula.
Como
explicar o fenômeno? Há duas alternativas. A primeira é que a estratégia da
plutocracia não está funcionando. Em vez de “morte simbólica”, teríamos uma
espécie de “martírio real”.
A
perseguição, quando é demais, causa mais danos para o perseguidor do que para o
perseguido.
A
segunda alternativa a considerar é que Lula estaria já virtualmente eleito se
lhe fosse dispensado um tratamento menos sanguinário.
Ninguém
sabe direito qual das duas alternativas é a correta. Qualquer das duas
possibilidades é funesta para o grupo que tomou o poder na marra e quer
mantê-lo indefinidamente.
É
como se eles se perguntassem: “O que mais temos que fazer para eliminar Lula?”
A
resposta mais óbvia, e também a mais complexa, é prendê-lo. Mas o risco de uma
convulsão social no caso de prisão de Lula é gigantesco – e já ficou claro que
a plutocracia não se sente segura o suficiente para dar um passo dessa
dimensão. Os conservadores são conhecidos por sua aversão a riscos.
Isso
tudo sugere, para voltar às palavras de Pedro Serrano, que “promover a morte
simbólica de Lula” continuará a ser um desejo remoto, quase irrealizável, da
plutocracia.
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2016/11/a-morte-simbolica-de-lula.html
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