Os
senhores parlamentares, por amplíssima maioria, votaram esta semana o corte nos
gastos sociais do Governo e as vinculações constitucionais da Saúde e da
Educação à receita pública.
Pau
nos pobres.
Mas
para os que têm, carinho de neném…
Dá
hoje o Estadão:
A
Câmara dos Deputados quer acelerar o projeto que permite a abertura de um novo
Refis, programa de parcelamento e abatimento de dívidas de impostos de
empresas. Parlamentares querem estender por 20 anos o prazo de pagamento dos
débitos.A criação do novo Refis foi incluída no projeto que regulamenta a venda
de créditos da dívida ativa da União, Estados e municípios. Líderes dos
partidos na Câmara assinaram requerimento de pedido de urgência para a votação
das duas propostas.
Bem,
você poderia argumentar que a coisa não está boa para ninguém e até é
importante que, mesmo pela enésima vez, as empresas tenham a chance de se
acertarem com o Fisco, em parcelas, em lugar de deixar este dinheiro
“pendurado” anos a fio em disputas judiciais.
Sim,
seria razoável se isso pudesse ser feito até um teto “X”, que não aliviasse com
dívidas bilionárias de bancos e conglomerados empresariais que podem paga-las.
Mas
tem alguns “pulos do gato” escondidos aí.
O
primeiro é a venda das dívidas que já expliquei aqui, uma vez.
É
assim: a dívida é 100 e o governo a leiloa no mercado e obtém, digamos 50. O
novo credor vai em cima do devedor e aceita 70 pelos 100. Ganha 20 e o devedor
ganha 30. Para fechar a equação, quem perdeu 50?
O
outro é que, segundo o projeto que está sendo maquinado, as dívidas seriam
corrigidas pela inflação, em lugar de serem, como agora, pela taxa Selic.
Então,
o devedor aplica o que deveria pagar e não paga a juros de mercado e paga com
correção de inflação, que é bem menor.
E
é essa turma que fala em austeridade com o dinheiro público, preste atenção…
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2016/10/para-os-pobres-corte-para-os-ricos.html

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