O
jornalista Fernando Molica, em seu blog, mostra como o juiz Sergio Moro
desprezou uma evidência fortíssima –
apontada por Antonio Palocci em seu depoimento
– de que não poderia ser ele o tal “Italiano” apontado nos arquivos da
Obedrecht como, entre outras coisas, autor de lobby para a aprovação da Medida Provisória 460/2009, na qual a então
tucana Lúcia Vânia (hoje no PSB) estabelecia compensações de crédito em
impostos que beneficiariam a empreiteira.
A
rasão é absolutamente simples e fácil de entende: Palocci, à época deputado
federal votou contra a medida, assim como 59 dos 65 deputados do PT.
Moro
disse, no item 146 do despacho que manteve Palocci preso sem data para sair que
“MPV Nº 460/2009 que essa afirmação “ ainda (é) carente de prova”.
Molica,
então, mostra a página oficial da Câmara dos Deputados que comprova o que diz
Palocci, como qualquer um pode ver que é verdade.
E
pode ver também que, a favor dela, votaram 50 dos 69 deputados do PMDB, 32 dos
44 do PSDB e 31 dos 36 do DEM. Onde, claro, não há “italianos”.
Moro
diz, entretanto, que a atuação de Palocci teria sido para não haver o veto
presidencial à medida. Isso mesmo, procure entender esta lógica: vota, como
quase todos os petistas, contra e depois vai pedir ao Presidente que fique a
favor?
E
não é que o presidente ficou contra e mandou uma mensagem de veto cortando a
tal compensação?
Aliás,
veto pedido por outro “italiano” que se posicionou contra o que interessava à
Odebrecht, Guido Mantega, então ministro da Fazenda.
Leia
o texto claríssimo de Fernando Molica.
Até
o pessoal da “cognição sumária” pode ver que a alegação não se sustenta diante
dos fatos: um lobista que vota contra o lobby?
O
problema é que nada disso “vem ao caso”.
http://www.tijolaco.com.br/blog/molica-desmonta-argumento-de-moro-palocci-votou-contra-medida-pela-qual-faria-lobby/
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