Os
golpistas venceram a batalha do impeachment fraudulento no Senado, mas perderam
a guerra da narrativa do golpe.
A
condenação ao golpe é mundial. No mundo inteiro o golpe é denunciado como
sendo, no mínimo, uma tremenda farsa, um crime; uma trama conspirativa
arquitetada para derrubar uma Presidente inocente, sem amparo na Constituição
do país.
O
mundo civilizado se horroriza com a fotografia da matilha misógina, corrupta,
homofóbica, racista e anti-popular que tomou de assalto o poder para fazer o
Brasil regredir séculos, se distanciar das grandes conquistas democráticas e
civilizatórias da humanidade.
Dilma
foi cassada, seu mandato legítimo foi roubado. Mas ela não foi condenada, não
perdeu os direitos políticos que perderia, se tivesse cometido crime de
responsabilidade. Essa é a prova monumental de que houve golpe.
Este
impeachment fraudulento, de tão burlesco, pode ser comparado a um conto. É como
se um guarda de trânsito ardiloso inventasse graves infrações de trânsito e
atribuísse elas injustamente a determinado motorista que tem o carro que ele
não conseguiria adquirir honestamente e então, ao invés de multar ou cassar a
habilitação do motorista infrator, toma-lhe o carro.
Essa
é a farsa do impeachment: um golpe de canalhas e vigaristas que criaram
acusações falsas para roubar o mandato sagrado que Dilma recebeu de 54.501.118
brasileiros e brasileiras.
Os
ratos golpistas entraram no Palácio do Planalto pela garagem. E, ao mesmo
tempo, abriram as portas do inferno que passarão a viver.
A
tirania tem seus disfarces, e o mais insidioso deles é o disfarce de maioria
parlamentar que violenta a Lei e as regras da democracia segundo conveniências
de ocasião.
O
povo está nas ruas, a resistência democrática arma suas barricadas. O povo tem
o direito inalienável de se insurgir contra esta tirania que é acobertada pelo
judiciário e pela mídia.
O
povo violentado pelo golpe e castrado no desejo de viver com dignidade, alegria
e democracia, tem o direito à desobediência civil.
Esta
conquista civilizatória da humanidade os golpistas fascistas não conseguirão
roubar: nenhuma obediência ao governo usurpador que quer promover a restauração
neoliberal ultraconservadora e reacionária.
O
governo usurpador não terá um dia de trégua. Todo o dia é dia de protesto, de
denúncia, de luta. A cada dia é maior a resistência.
As
multidões radicalizadas que ocupam as ruas não se intimidam com a repressão
fascista que o governo usurpador promove com suas polícias. As palavras de
ordem anunciam o futuro: amanhã vai ser maior!
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2016/09/a-prova-monumental-do-golpe.html
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