Piedade?
Remorso?
Pode
ser que, para um ou outro, pode até ter sido.
Mas
há um voto que deixa claro que não é este o sentido principal da diferença
entre os votos obtidos para a cassação do mandato de Dilma e os (não) obtidos
para a supressão de seus direitos políticos.
Não
procurem explicar por gestos de humanidade homens capazes de vilipendiar os
votos de seu povo, os votos que os puseram ali naquele clube de privilégios.
Tudo
ali, hoje, é politicagem.
O
que houve foi um recado a Michel Temer: você não tem os dois terços do Senado
de que precisa para aprovar as reformas constitucionais que o mercado e os
tucanos exigem.
Como,
sem Cunha, também não tem os dois terços da Câmara.
Por
isso a reação agressiva de Temer ontem mesmo, quando deveria estar todo
sorrisos com a efetivação na presidência.
De
um lado, os grupos econômicos e empresariais, o PSDB, DEM e o PPS vão lhe exigir
logo as medidas de arrocho.
De
outro, os políticos convencionais do PSDB não estão dispostos a simplesmente
apertar os botões à sua ordem.
A
aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias na Câmara já foi um parto: 260
votantes, três a mais que o mínimo necessário.
A
batalha de Temer começa justamente na segunda-feira, dia 12, com a improvável
votação da cassação de Eduardo Cunha.
Contra
Dilma, todos se uniam.
Agora,
são outros negócios.
http://www.tijolaco.com.br/blog/nao-cassacao-de-dilma-foi-um-recado-do-pmdb-para-temer/
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