Se observarmos a lista de
empreiteiras doadoras de campanhas eleitorais, veremos que a Odebrecht aparece
em sétimo lugar e assim mesmo doando fração do que doaram as demais (OAS, UTC,
ECOVIX, QUEIROZ GALVÂO, TOYO SETAL e ANDRADE GUTIERREZ, pela ordem, sendo que a
OAS sozinha doou mais que todas as demais, juntas, a partir do sétimo lugar).
O que justificaria então
essa fome de destruir a Odebrecht, de Washington e Moro?
A Odebrecht é hoje uma das
maiores e mais importantes empreiteiras do mundo, tocando obras em todos os
continentes, em concorrência direta com as empreiteiras norte-americanas e
européias.
Quando os Estados Unidos
covardemente invadiram o Iraque, matando mais de 100 000 civis e destruindo o
país, justificando-se nas calúnias de que Saddam Hussein estava fabricando
armas atômicas, químicas e biológicas (não encontraram sequer indícios disso) a
Odebrecht era praticamente empreiteira única no Iraque, construindo gasodutos,
refinarias de petróleo, estradas, conjuntos habitacionais... Dando emprego à
mão de obra brasileira, levada para lá, para ter salários em petrodólares, e trazendo
divisas para cá.
Destruído o país, com a
Odebrecht fora, todas as obras da empreiteira brasileira foram herdadas pela
empreiteira da família Bush, que está “reconstruindo o país”, recebendo em
petróleo.
Se este é um bom motivo para
os norte-americanos desejarem o fim da Odebrecht, há outro, muito maior, o know
how da empresa, o seu acervo de conhecimentos científicos e tecnológicos.
Em qualquer país do mundo em
que se fale na construção de refinarias de petróleo a Odebrecht é imediatamente
lembrada, não só como empreiteira, executora das obras, mas como planejadora.
Grande parte dos
conhecimentos de prospecção e extração de petróleo em águas profundas, além da
Petrobrás, está nas mãos da Odebrecht.
A Odebrecht é praticamente a
única empresa não estatal, no mundo, que tem o domínio do ciclo completo do
Urânio, desde a sua mineração, no subsolo, purificação, enriquecimento e uso,
seja para fins pacíficos ou bélicos (é a Odebrecht que está construindo a Usina
Nuclear de Angra III, é a Odebrecht que está construindo, junto com os
franceses, o nosso primeiro submarino atômico, estando em condições de
construir a bomba atômica, bastando o governo dar o sinal verde).
Destruir a Odebrecht é
questão estratégica para os Estados Unidos.
O Juiz Sérgio Fernando Moro,
da primeira instância, em Curitiba, o responsável pela chamada Operação Lava
Jato, esteve na Câmara dos Deputados, ocasião em que repetiu Estados Unidos 38
vezes, colocando este país como modelo político, jurídico e constitucional para
o Brasil.
Do outro lado, em delação
premiada, Marcelo Odebrecht afirmou que deu vinte e três milhões de reais ao
Ministro do Exterior, José Serra, dez milhões de reais ao Presidente interino,
Michel Temer, e cinco milhões ao Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, em
espécie, dinheiro vivo.
Mais disse, que José Serra
lidera uma quadrilha internacional que age contra os interesses brasileiros, o
que era desnecessário dizer, basta ler o livro “A Privataria Tucana”, do
jornalista Amaury Júnior, contendo reprodução de documentos capazes de colocar
Serra na cadeia por algumas décadas, por alta traição ao país.
A acusação de Marcelo bate
com outras, principalmente a feita por Fernando Baiano, lobista do PMDB, de que
todo o dinheiro saído da Petrobras passou por Madrid, sob a coordenação do
marido de uma cunhada de Serra, segundo Baiano, um testa de Ferro de Serra.
Aliás, este é o país dos
Fernandos: Collor, Henrique Cardoso, Baiano, Beira Mar e Moro.
É sintomático que a Lava
Jato não se debruce sobre o mercado financeiro, fonte de corrupção maior que a
da Petrobras; sobre a mídia, corrupta, corruptora e sonegadora, ficando na
Petrobras e nas Usinas Atômicas, anunciando que avançará sobre o setor
elétrico, limitada ao setor energético, a espinha dorsal de qualquer país.
Na Câmara dos Deputados,
recebido de pé e sob aplausos, pelos corruptos que tem isentado na Lava Jato,
Moro, depois de cantar loas aos Estados Unidos, diante da pergunta do deputado
Paulo Pimenta, do que aconteceria nos Estados Unidos se um juiz de primeira
instância, sem ordem judicial, gravasse conversa telefônica entre o ex
presidente Bill Clinton e o presidente Barak Obama, como aqui foi feito em
telefonema entre o ex presidente Lula e a presidente Dilma, o farsante pediu
licença, avisou que o tempo estava esgotado, e como rato diante de gato, fugiu,
abandonando o recinto.
Isto explica o poder que
ele, junto com Gilmar Mendes, têm sobre o STF.
A Lava Jato é um posto
avançado dos Estados Unidos e Moro o seu comandante, fiel aos princípios e
interesses dos seus chefes.
Quanto às propinas pagas a
Serra, Temer e Padilha, entre outros, isso não vem ao caso, não considerar faz
parte da doutrina jurídica praticada por Moro, e que será o mote do próximo
artigo.
Charge: Vitor Teixeira
http://www.ocafezinho.com/2016/08/11/porque-tanto-odio-do-moro-a-odebrecht-por-francisco-costa/
Nenhum comentário:
Postar um comentário