Os
golpistas fizeram de tudo para evitar a presença de Dilma Rousseff diante do
tribunal de exceção do Senado na manhã desta segunda-feira (29). Espalharam
boatos e estimularam a cizânia.
Temiam
a repercussão do seu pronunciamento — no Brasil e no mundo. A pressão dos
covardes, porém, não deu resultado.
“Coração
valente”, a presidenta foi ao plenário — acompanhada de artistas, intelectuais
e de lideranças políticas e sociais — e fez um discurso altivo e contundente.
Durante
horas, Dilma também aguentou as provocações dos falsos moralistas, respondendo
com firmeza aos algozes. O efeito foi imediato.
Nas
redes sociais, a hashtag #Pelademocracia foi a mais acessada no twitter
mundial.
Na
imprensa internacional, o histórico discurso teve ampla repercussão.
O
jornal estadunidense New York Times — tão bajulado pelo jornalismo nativo com
complexo de vira-lata — destacou em seu site: “Dilma diz que não será
silenciada durante seu julgamento”.
O
diário ainda realçou a frase: “Não espere de mim o silêncio dos covardes”.
Outros
veículos mundiais, como a Time, NBC e CBC e AFP, reproduziram a frase: “Eu não
cometi um crime”.
Al
Jazeera e France 24 ressaltaram um trecho do discurso: “Minha consciência está
limpa”.
E
a BBC de Londres registrou: “Rousseff diz ao Senado que acusações são um
pretexto para um golpe”.
Já
o jornal espanhol El País foi além dos registros e classificou a depoimento da
presidenta como “duro e emocionante”.
Segundo
o texto opinativo, assinado pelo jornalista Antonio Jiménez Barca, a presidenta
“apelou aos sentimentos, à sua história política, ao seu caráter e à sua
trajetória para deixar claro que está sendo expulsa injustamente… Ela sabe que
só um milagre a salvará, sabe que tudo está perdido. Ou quase. Por isso, apesar
desta interpelação, Rousseff não dirigiu seu discurso só aos senadores, mas ao
país inteiro, aos livros de história, ao seu próprio retrato e à sua própria
biografia, consciente da dimensão do momento, da importância do discurso”.
Já
o jornal português Público destacou que “a presidente Dilma Rousseff não poupou
nas palavras na sua defesa perante o Senado, no julgamento em que deverá ser
destituída do cargo, do qual está suspensa desde maio… A presidente defende-se
das acusações [pedaladas fiscais] – e muitos analistas dizem que esta
contabilidade criativa não é diferente da realizada por outros governos”. O
diário afirma que nada de errado foi descoberto contra a mandatária – “a sua
honestidade pessoal nunca foi posta em causa” -, mas crítica o sistema político
brasileiro – “que ninguém duvida que seja corrupto”.
A
repercussão do discurso reforça a narrativa mundial de que o Brasil vive um
golpe — ou, ao menos, uma farsa, segundo um artigo arrasador do renomado jornal
francês Le Monde. Era este impacto que os golpistas, sempre tão covardes,
temiam.
http://www.viomundo.com.br/politica/defesa-de-dilma-no-senado-repercute-em-todo-o-mundo.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário